Vítimas de Abdelmassih pedem manutenção de condenação
Grupo de vítimas do ex-médico entregou nesta quarta-feira 1º, no Tribunal de Justiça de São Paulo, abaixo-assinado pedindo a manutenção da condenação; ele foi condenado, em 2010, a cumprir 278 anos de prisão por 56 estupros cometidos contra as pacientes; com as 62 mil assinaturas, as vítimas esperam que o tribunal se sensibilize contra o pedido de anulação da condenação, feito pela defesa de Roger Abdelmassih
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Um grupo de vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih entregou hoje (1º), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), abaixo-assinado pedindo a manutenção da condenação. Especialista em reprodução humana, Abdelmassih foi condenado, em 2010, a cumprir 278 anos de prisão, por 56 estupros cometidos, entre 1995 e 2008, contra as pacientes. Ele teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.
No entanto, o ex-médico continuou em liberdade, em razão de habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. O benefício foi cassado pelo plenário do STF, em fevereiro de 2011. Desde então, Abdelmassih estava foragido. Ele só foi recapturado em agosto passado, no Paraguai.
Com as 62 mil assinaturas, as vítimas esperam que o tribunal se sensibilize contra o pedido de anulação da condenação, feito pela defesa do ex-médico. "Tenho certeza de que, apesar da influência dos advogados, o juiz julgará observando todo o processo", disse Vana Lopes, uma das participantes do protesto.
Em 1993, ela denunciou Abdelmassih por estupro, manipulação genética e erro médico. "Ele me contaminou com uma bactéria e, por causa disso, fiquei internada 40 dias. Peguei hepatite C e quase morri", lamentou. "Nossa ideia é apoiar a Justiça", acrescentou.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247