Vice-presidente da CBF nega ilegalidade à PF
Marco Polo Del Nero foi ouvido nas investigações da Operação Durkheim no caso de venda de dados sigilosos de autoridades e empresas por uma organização criminosa
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Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, ouvido hoje (26) pela Polícia Federal (PF) nas investigações da Operação Durkheim disse, por meio de nota divulgada esta noite, que o motivo de sua convocação para depor foi por ter contratado uma empresa para investigar legalmente a vida de uma pessoa, e que não cometeu nenhuma ilegalidade.
“O referido prestador de serviços [oferecidos publicamente, o que sugere legitimidade e regularidade], passou, então, a me fornecer algumas informações sobre o comportamento da pessoa indicada, tudo dentro da mais estrita legalidade, inclusive apresentando certidões e informes a todos disponíveis nos registros públicos”.
Del Nero, que também é presidente de Federação Paulista de Futebol (FPF), destacou que dispensou os serviços, após perceber que a empresa contratada poderia estar cometendo ilegalidades. “Deu-se, então, que em determinado momento foi-me oferecido um relatório sobre mensagens escritas enviadas por essa pessoa a terceiros, o que despertou estranheza e preocupação visto que tal proceder extravasa da normalidade da simples verificação e adentra a órbita do proibido. Foi por essa razão que, diante de um relatório de investigação social que estaria a conter alusão a supostos diálogos captados , dispensei tais serviços, incontinenti”.
O dirigente explicou ainda, como já dito pela Polícia Federal, que a contratação dos serviços de investigação foram para uso apenas pessoal e não tem ligação com os cargos que ocupa nas federações esportivas. “Reitero, no entanto, expressa e veementemente, que os fatos nenhuma ligação têm com o futebol, paulista ou nacional, com qualquer delito financeiro a mim imputável ou com minhas atividades de advogado militante”.
Del Nero declarou que não identificou o nome da empresa devido ao do segredo de Justiça que protege o processo. A Operação Durkheim apura a venda de dados sigilosos de autoridades e empresas por uma organização criminosa.
Deflagrada hoje pela Polícia Federal, a operação resultou no cumprimento de 33 mandados de prisão temporária e 87 mandados de busca e apreensão em seis estados.
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