Vannuchi: Meirelles deve ser novo presidente da Petrobras
Comentarista político Paulo Vannuchi considera que nomeação do ex-presidente do BC evitaria especulações sobre falta de compromisso no combate à corrupção na empresa; "O novo presidente da Petrobras precisa apoiar qualquer investigação para extirpar esse câncer de corrupção, doa a quem doer", afirma ele, que aponta como incumbências do novo nomeado a necessidade de exaltar que existe na empresa "uma comunidade de milhares de brasileiros honestos, trabalhando pela produção nacional e pela cidadania"
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RBA - O analista político Paulo Vannuchi, em comentário à Rádio Brasil Atual hoje (4), aposta no nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para o comando da Petrobras, em substituição a Graça Foster, que renunciou juntamente com cinco diretores. O ex-presidente do BC, segundo Vannuchi, teria a confiança do ex-presidente Lula, que inclusive já havia sugerido seu nome. Seria uma indicação que evitaria qualquer especulação sobre eventual tentativa política de acobertar os casos de corrupção na estatal.
"O novo presidente da Petrobras precisa apoiar qualquer investigação para extirpar esse câncer de corrupção, doa a quem doer." O comentarista aponta como incumbências do novo nomeado a necessidade de exaltar que existe na empresa "uma comunidade de milhares de brasileiros honestos, trabalhando pela produção nacional e pela cidadania".
Outra sugestão para o novo mandatário é que a Petrobras se comunique com a sociedade, na forma de publicidade oficial, buscando explicitar seu crescimento nos últimos anos, o potencial do pré-sal e os benefícios da exploração do mesmo, como a destinação de verbas para a educação, definida no novo marco regulatório do setor.
O analista ressalta a relevância econômica da empresa, classificando-a como "uma agência nacional de desenvolvimento". "Calcula-se que mais de 10% do PIB estão, de uma maneira ou outra, ligados à Petrobras. Faz negócios com 70 mil empresas, dentre fornecedores, compradores, serviços. São milhões de empregos relacionados."
"É preciso defender a empresa contra a sanha privatista e seguir firme no avanço do pré-sal que, a cada mês, está crescendo 50 mil barris/dia." O analista prevê que, em poucos meses, seja atingida a marca de 1 milhão de barris/dia, só para o pré-sal, que somado a outros 2 milhões das demais reservas, alçará o país à condição de exportador líquido.
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