Valério: Procuradoria ignorou provas

Empresário mineiro afirma ter apresentado documentos que provam suas acusações contra Lula no mensalão; entre eles, figura o depósito dos R$ 98,5 mil que seriam usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente, por intermédio de seu ex-assessor Freud Godoy; declaração é um novo golpe para o procurador-geral da República Roberto Gurgel

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247 – Desde que o depoimento de Marcos Valério vazou com revelações de um possível envolvimento do ex-presidente Lula no mensalão, sua credibilidade foi questionada. Por que só agora, depois de ter sido condenado a mais de 40 anos pelo caso, decidiu falar? Além disso, até então, nenhuma prova contundente foi revelada para comprovar suas alegações.

No entanto, o empresário mineiro afirmou à Folha que essas provas existem, foram mostradas em setembro na audiência conduzida por Claudia Sampaio, esposa de Roberto Gurgel, e pela procuradora Raquel Branquinho, mas foram ignoradas. "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá", disse.

Segundo informações do jornal, entre os documentos consta o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que seriam usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo. O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula.

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Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse.

A nova declaração complica ainda mais a situação da Procuradoria-Geral da República. A bancada do PT na Câmara já anunciou pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público investigue vazamento do depoimento prestado por Marcos Valério em setembro.

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Valério dizia estar sendo ameaçado de morte. Ao tornar pública a revelação, o Ministério Público, em vez de protegê-lo, estaria potencializando a ameaça. Segundo insinuou o advogado Marcelo Leonardo, que defende Valério, o vazamento partiu do MP.

Esta seria a segunda tentativa do PT de enquadrar Roberto Gurgel. No relatório da CPI do caso Cachoeira, o relator Odair Cunha (PT-MG) sugeriu que o Conselho Nacional do Ministério Público investigasse a prevaricação de Gurgel no caso do ex-senador Demóstenes Torres, cuja investigação foi engavetada por dois anos. O relatório ainda não foi votado.

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