Valério acusa Pizzolato de cobrar pedágio para o PT

Em novos trechos de seu depoimento à procuradoria-geral da República, Marcos Valério acusa Henrique Pizzolato, já condenado na Ação Penal 470, de cobrar pedágio para o Partido dos Trabalhadores; segundo ele, 2% dos contratos de publicidade eram enviados para os cofres da legenda; denúncias envolvem outras agências de propaganda e estão em reportagem do jornal Estado de S. Paulo desta quarta-feira

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247 - O depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério de Souza às procuradoras Raquel Branquinho e Claudia Sampaio não se limitou a envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na trama do mensalão. Segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo que circula nesta quarta-feira, Valério também acusou Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, de organizar um pedágio de 2% em todos os contratos de publicidade. Segundo Valério, tais recursos eram desviados para os cofres do partido.

Nos dois primeiros anos do governo Lula, tais contratos somaram R$ 434 milhões, o que permite supor uma arrecadação de R$ 8,6 milhões para o PT. Pizzolato, no entanto, negou ter comandado qualquer pedágio ou desvio de recursos. A reportagem do Estado também citou outras agências de publicidade (leia mais aqui) que teriam mantido contratos naquele período, como, por exemplo, a Ogilvy, uma das maiores do País, e a D+. Condenado a mais de 40 anos de prisão, Valério pode estar disposto a envolver outras empresas do seu setor no escândalo do mensalão.

Na edição de ontem, o Estado de S. Paulo revelou parte do depoimento de Valério. Nele, o ex-presidente Lula era acusado de ter conhecimento dos empréstimos tomados junto aos bancos mineiros e de ter tido despesas pessoais pagas por esses recursos. Valério também disse ter sofrido uma ameaça de morte por parte de Paulo Okamotto, braço direito de Lula – o que foi negado por ambos.

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Valério busca a redução de sua pena ou, ainda, ser enquadrado no Sistema de Proteção a Testemunhas. Suas acusações, no entanto, têm sido vistas com cautela pela procuradoria-geral da República. Ele tem negociado novas informações, que diz possuir, em troca de proteção.

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