União indenizará família do catador Luciano Macedo, morto por militares em 2019
Luciano morreu no mesmo episódio que também resultou na morte do músico Evaldo Santos durante uma abordagem de militares do Exército
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247 - A Justiça Federal homologou nesta terça-feira (11) acordo celebrado entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e a família de Luciano Macedo, catador morto por militares em abril de 2019, no Rio de Janeiro. A conciliação prevê o pagamento de um total de R$ 841 mil, sendo:
- R$ 493 mil para Aparecida Macedo, mãe de Luciano;
- R$ 123,2 mil para cada irmã de Luciano, Bianca e Lucimara Macedo;
- R$ 21,7 mil a título de atrasados da pensão mensal vitalícia no valor de 1/3 do salário mínimo que será paga a Aparecida Macedo;
- R$ 3,5 mil para ressarcir despesas com funerárias e sepultamento;
- R$ 76,4 mil em honorários sucumbenciais.
Luciano morreu no mesmo episódio que também resultou na morte do músico Evaldo Santos durante uma abordagem de militares do Exército. A AGU informou que também está em tratativas avançadas com a família do artista. A expectativa é de que o acordo de indenização seja celebrado em breve.
À época, segundo o laudo divulgado pelo jornal Extra, os peritos constataram que os tiros disparados por fuzis partiram da estrada – de onde vinham os veículos militares – em direção ao ponto por onde passou o carro dirigido por Evaldo.
Na ocasião, militares do Exército supostamente “confundiram” o carro da família de Evaldo com o de assaltantes e dispararam mais de 80 tiros contra o veículo. A perícia concluiu que, ao todo, foram disparados 257 tiros.
A Justiça militar condenou, em outubro de 2021, oito militares do Exército que participaram das mortes.
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