União Brasil quer convocar Rui Costa por afirmar que privatização da Eletrobrás tem 'cheiro ruim de falta de moralidade'

“O ministro pôs toda a Câmara e o Senado sob suspeição”, disse o deputado federal Mendonça Filho

Mendonça Filho, fachada da Eletrobras e Rui Costa
Mendonça Filho, fachada da Eletrobras e Rui Costa (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Fernando Frazão/Agência Brasil | Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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247 - O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE) irá protocolar ainda nesta quinta-feira (11) um requerimento visando convocar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, prestar explicações sobre a declaração que fez esta semana durante entrevista à GloboNews afirmando que a privatização da Eletrobrás“tem cheiro ruim de falta de moralidade”.

“O ministro pôs toda a Câmara e o Senado sob suspeição”, disse Mendonça Filho de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. “Precisamos que ele se explique”, completou. O requerimento de convocação ainda precisa ser votado pelo plenário da Casa Legislativa. 

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O relator do projeto de privatização da Eletrobrás foi o líder do União Brasil na Casa, deputado Elmar Nascimento (BA), e contou com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

A  medida provisória que viabilizou a entrega da empresa para a iniciativa privada foi aprovada com 258 votos favoráveis ante 136 contrários, no final do governo Jair Bolsonaro (PL) em uma operação capitaneada pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes. 

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As declarações de Rui Costa foram feitas na quarta-feira (10) em entrevista à Globo News. Na ocasião, o ministro afirmou que “o presidente [Luiz Inácio Lula da Silva (PT)] quer estimular toda a participação privada. Agora, nós temos que ajustar aquilo que tem um cheiro ruim de falta de moralidade".

"O povo brasileiro - não é o Lula, não sou eu, é o povo brasileiro - detém 43% das ações da Eletrobrás, e num arranjo inusitado eles disseram que, apesar de o governo ter 43% das ações, só vota no máximo o correspondente a 10%. Ou seja, alguém que tem 43% só vota o equivalente a 10%. Qual a base legal para isso? É um recurso público que está ali... Ao nosso ver ele (o modelo) é ilegal, e tudo aquilo que é ilegal tem que ser questionado", acrescentou. 

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A privatização da Eletrobrás vem sendo questionada pelo próprio Lula e por integrantes do governo que questionam o baixo valor pago pela empresa, além do fato de que o poder da União sobre a Eletrobrás foi diluído, com redução de seu poder de voto, apesar de deter 43% do capital acionário da empresa. 

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