Um dos acusados de agredir Alexandre de Moraes presta depoimento à Polícia Federal

Advogado de Alex Zanatto Bignotto negou que o cliente tenha agredido ministro do STF. Os outros dois acusados também foram intimados e devem depor na próxima terça

Andria, Zanatta e Mantovani
Andria, Zanatta e Mantovani (Foto: Anônimo)


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247 - Alex Zanatta Bignotto, um dos três brasileiros suspeitos de agredir Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto internacional de Roma, presta depoimento neste domingo à Polícia Federal em Piracicaba.

Ele chegou por volta das 10 horas, acompanhado do advogado, Ralph Tórtima Stettinger Filho, que defendeu o cliente em entrevista ao G1. "Ele em absoluto fez qualquer ofensa ao ministro, mas nós estaremos esclarecendo isso nos autos e tudo será muito bem esclarecido no curso das investigações", disse.

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Os outros dois suspeitos de agredir Alexandre de Moraes e a família são Andreia Mantovani e Roberto Mantovani Filho. Relatos iniciais dão conta de que Andreia Mantovani chamou o ministro do STF de "bandido, comunista e comprado". 

O empresário Mantovani Filho teria agredido o filho de Moraes inclusive fisicamente. Os óculos dele teria sido atirados para longe em razão do impacto da agressão.

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Alex Zanatta Bignotto mora em em Santa Bárbara d’Oeste e trabalha como corretor de imóveis.

Mantovani e Andreia também deveriam depor neste domingo, mas alegaram que tinham viagem programado e foram intimados a comparecer na próxima terça-feira, também na Delegacia de Piracicaba.

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Os três foram identificados quando chegaram a São Paulo, com base em aparelho de reconhecimento facial. A Polícia Federal, acionada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, abriu inquérito por agressão, ameaça e crimes contra a honra.

Os três estavam no aeroporto à espera do avião de volta para  Brasil, onde também se encontravam o ministro e sua família, que embarcariam em voo para outra localidade na Europa.

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Alexandre de Moraes havia realizado palestra na Universidade de Siena, no Fórum Internacional de Direito.

Em 2004, Mantovani foi candidato a prefeito pelo PL (atual partido de Bolsonaro), mas perdeu as eleições. O empresário é do PSD atualmente, e foi dirigente de um clube de futebol da segunda divisão, o União Barbarense.

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A agressão a Alexandre de Moraes gerou uma onda de solidariedade por parte de autoridades brasileiras.

Neste sábado (15), o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), publicou em suas redes sociais uma manifestação de solidariedade, na qual repudia as agressões contra agentes públicos.

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"Até quando essa gente extremista vai agredir agentes públicos, em locais públicos, mesmo quando acompanhados de suas famílias? Comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso. Querem ser 'elite', mas não tem a educação mais elementar", escreveu Dino em uma rede social.

Em nota a Procuradoria-Geral da República informou na noite deste sábado que solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões sofridas pelo ministro e seu filho.

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Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado:

"Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem, são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade. Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico. Todos os lados precisam colaborar para que o antagonismo fique no campo das ideias e das ações legítimas. Se a Nação, ainda dividida, não é capaz de substituir o ódio pelo amor, que o faça ao menos pelo respeito".

Deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados:

"Minha solidariedade ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e sua família agredida no aeroporto de Roma. É inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas. Isso não pode continuar. Democracia se faz com debate e não violência."

Senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado:

"É inadmissível a agressão sofrida contra o ministro do @STF_oficial, Alexandre de Moraes e membros de sua família. Não conseguiremos apreender e acompanhar todas as mudanças da sociedade enquanto vivermos nesse contexto extremamente preocupante e suas graves consequências. Nossos maiores objetivos devem ser e sempre serão a pacificação, a unificação de um país democrático, de fato e de direito. O diálogo sempre será a porta aberta para sermos mais humanos como pessoas e como nação. Deixo aqui a minha solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes, à sua família e todo o meu repúdio aos tristes fatos ocorridos."

Deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara:

"Nossa solidariedade ao ministro do STF, @alexandre e sua família, hostilizados de forma covarde por bolsonaristas em Roma. Esse é o legado cruel, de ódio, deixado pelo ex-presidente, q através de suas falas irresponsáveis, estimulou o conflito contra as instituições democráticas."

Deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT:

"Ataque a Alexandre de Moraes e sua família é deplorável, resultado do ódio disseminado por lideranças bolsonaristas, que só sabem estimular a violência alimentada por mentiras. Isso tem de acabar. Todo rigor da lei aos agressores e toda solidariedade ao ministro @alexandre e sua família."


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