Um crime que manchou o Brasil

STJ nega recurso ao policial militar Edivaldo Rubens de Assis, que, em 1999, matou trs jovens na Baixada Santista e chocou o Pas



✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Fernando Porfírio_247 - O STJ negou recurso ao policial militar Edivaldo Rubens de Assis. Ele foi condenado a 49 anos de prisão pelo assassinato de três jovens na Baixada Santista, em São Paulo. O crime levou a ONU a mandar um representante ao país para reclamar providências do governo brasileiro. O policial reclama a redução da pena.

O crime aconteceu na quarta-feira de cinzas de 1999, em Praia Grande (litoral de São Paulo), e ganhou repercussão internacional. O policial respondeu pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, espancamento e abuso de autoridade.

As vítimas eram os jovens Paulo Roberto da Silva, Thiago Passos Ferreira e Anderson dos Santos. Elas foram abordadas por policiais militares, então integrantes do Regimento de Cavalaria 9 de Julho. Os rapazes acabavam de sair de um baile de Carnaval no Ilha Porchat Clube, em São Vicente.

continua após o anúncio

Depois de abordados foram levados para uma área de mangue na cidade vizinha de Praia Grande. Os jovens foram espancados e assassinados a tiros. Os corpos, jogados num manguezal, na cidade vizinha de Praia Grande, só foram encontrados 16 dias depois.

Quatro policias militares foram responsabilizados pelos crimes. Os ex-soldados Edivaldo Rubens de Assis, Humberto da Conceição e Marcelo de Oliveira Christov sofreram penas entre 52 e 59 anos e meio de reclusão. O ex-tenente Alessandro Rodrigues de Oliveira, o último a ser julgado, recebeu 59 anos e seis meses de prisão. A pena de Edivaldo foi depois reduzida para 49 anos.

continua após o anúncio

Edivaldo foi o único que confessou ter feito os disparos. Humberto e Edvaldo teriam ocultado os corpos dos adolescentes. Já Alessandro e Marcelo alegaram nos depoimentos que apenas espancaram os garotos e os colocaram no camburão que os levou ao local da execução.

De acordo com a denúncia, as vítimas saíram do clube em direção à praia do Itararé. No local se envolveram numa briga com outros dois rapazes, que chamaram a Polícia. Quatro policiais do Regimento de Cavalaria, que foi deslocado para a Baixada Santista no carnaval, espancaram os adolescentes, levaram-nos a um manguezal e os mataram com tiros na cabeça.

continua após o anúncio

Os PMs foram expulsos da corporação e julgados. O Ministério Público sustentou a tese de que os ex-policiais executaram os rapazes porque estavam cientes de que abusaram do uso da força. Decidiram matar os adolescentes para sumir com as evidências com o objetivo de ficar impunes. O manguezal teria sido escolhido para ocultar os corpos por ser um local de difícil acesso e por ser um ambiente que facilitaria a decomposição dos corpos.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247