Tuma Jr. diz ter sido coagido a depor na PF
Ex-secretário nacional de Justiça presta “esclarecimentos” durante 40 minutos, na sede da Polícia Federal, em São Paulo; Romeu Tuma Jr. alega que sofreu “condução coercitiva” a partir de seu escritório de advocacia, onde foi procurado hoje por quatro agentes federais; no entanto, ele chegou dirigindo seu próprio carro, na companhia de um amigo; assessoria de imprensa não informou qual foi teor do depoimento; ex-delegado diz ter sofrido “afronta, violência e abuso”
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247 – O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. acaba de se envolver em mais um episódio obscuro em suas relações com a Polícia Federal. Levado a “prestar esclarecimentos” durante 40 minutos na sede do órgão em São Paulo, ele disse que foi conduzido “de forma coercitiva”, “num gesto de afronta, violência e abuso”. No entanto, chegou à PF dirigindo seu próprio carro na companhia de um amigo.
Alegando ter sido coagido a sair de seu escritório, onde foi procurado por quatro agentes federais, na manhã desta terça-feira 5, Tuma Jr. disse após ser ouvido por um delegado que o motivo da ida teria sido uma entrevista dada por ele no ano passado à revista Veja, em torno do livro Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado, que ele lançou no ano passado sobre seus tempos e secretário nacional de Justiça.
Abaixo, notícia do Consultor Jurídico a respeito:
Por Felipe Luchete, do Conjur
O advogado Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de Justiça, esteve nesta terça-feira (5/8) na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, após ser convocado por um delegado. A assessoria de imprensa da PF afirma que ele ficou lá por cerca de 40 minutos e foi chamado apenas para "prestar esclarecimentos", sem informar o assunto, enquanto Tuma Junior definiu a medida como "um gesto de afronta, de violência e de abuso".
Segundo o ex-secretário, quatro policiais estiveram em seu escritório na capital paulista com ordens para conduzi-lo de forma coercitiva. Esse tipo de ato policial costuma ser adotado quando uma pessoa convocada para prestar informações ignora três intimações seguidas. Ele, porém, nega que tenha descumprido qualquer ordem.
"Só se faz condução coercitiva quando se intima alguém e o cara não comparece. O procedimento não tem nenhuma formalização, não está ligado a nenhum inquérito", disse à revista Consultor Jurídico. Ele afirmou que foi à PF em seu próprio carro, acompanhado de um colega, e relacionou a convocação a uma entrevista concedida no ano passado à revista Veja.
Tuma Junior divulgou na época o lançamento do livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado e declarou que se usam engrenagens oficiais no governo federal contra adversários políticos. "Quando cheguei lá, disse que ratifico tudo o que falei e declarei que eles estavam cometendo abuso", disse. Ele ainda publicou críticas à atuação da PF em seu perfil no Twitter, dizendo que a PF é "aparelhada pelo ministro da Justiça".
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