“Trensalão” e “petrolão”: duas histórias suíças

Um ano atrás, cansadas de esperar pela colaboração de procuradores brasileiros, autoridades suíças decidiram arquivar o caso Alstom, sobre propinas pagas a funcionários públicos e políticos do PSDB pela multinacional francesa Alstom; caso, que envolvia o tucano Andrea Matarazzo, ficou dois anos engavetado na mesa do procurador Rodrigo de Grandis; agora, o Ministério Público quer a colaboração da Suíça para desvendar as contas ligadas a operadores do setor petroleiro; será que a Suíça descobrirá que a Justiça brasileira tem lado?

Um ano atrás, cansadas de esperar pela colaboração de procuradores brasileiros, autoridades suíças decidiram arquivar o caso Alstom, sobre propinas pagas a funcionários públicos e políticos do PSDB pela multinacional francesa Alstom; caso, que envolvia o tucano Andrea Matarazzo, ficou dois anos engavetado na mesa do procurador Rodrigo de Grandis; agora, o Ministério Público quer a colaboração da Suíça para desvendar as contas ligadas a operadores do setor petroleiro; será que a Suíça descobrirá que a Justiça brasileira tem lado?
Um ano atrás, cansadas de esperar pela colaboração de procuradores brasileiros, autoridades suíças decidiram arquivar o caso Alstom, sobre propinas pagas a funcionários públicos e políticos do PSDB pela multinacional francesa Alstom; caso, que envolvia o tucano Andrea Matarazzo, ficou dois anos engavetado na mesa do procurador Rodrigo de Grandis; agora, o Ministério Público quer a colaboração da Suíça para desvendar as contas ligadas a operadores do setor petroleiro; será que a Suíça descobrirá que a Justiça brasileira tem lado? (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - As autoridades financeiras e judiciais da Suíça estão prestes a descobrir que o Ministério Público brasileiro (ou, pelo menos, parte dele) tem lado.

Um ano atrás, cansados de esperar pela colaboração do Ministério Público, os suíços decidiram arquivar parte do caso Alstom, que apurava um esquema de propinas pagas pela multinacional francesa a funcionários públicos e políticos do PSDB (relembre aqui).

Era um caso bastante semelhante ao hoje investigado na Operação Lava Jato. Havia lobistas, como João Amaro Pinto Ramos, servidores públicos, como João Roberto Zaniboni, e arrecadadores de campanha, como o grão-tucano Andrea Matarazzo. A Alstom era acusada de comandar um cartel na venda de equipamentos ferroviários e do setor elétrico.

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A investigação sobre o chamado "trensalão tucano", no entanto, parou no tempo porque o procurador Rodrigo de Grandis engavetou, durante dois anos, o pedido de cooperação formulado pelas autoridades suíças, atribuindo a demora a uma "falha administrativa".

Operação Apocalipse

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Um ano depois, a situação se inverte. Agora, são dois procuradores brasileiros que irão à Suíça, mais precisamente a Berna, para desvendar a origem dos depósitos nas contas de Paulo Roberto Costa.

Como o próprio ex-diretor da Petrobras já declarou ter sido pago pela Odebrecht e se dispôs a devolver os recursos, o caso será relativamente simples (leia mais aqui).

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No entanto, chama a atenção a diferença de abordagem do Ministério Público nos dois casos. Quando o alvo era o PSDB, a Suíça cobrou providências do Brasil, que engavetou o caso. Agora, quando o PT está na mira, o MP cumpre seu papel, faz a coisa certa e pede cooperação internacional.

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