Tráfico proíbe venda de crack nas favelas do Rio

A ação teria sido criada porque os criminosos temem que a Força Nacional de Segurança ocupe as comunidades do Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos, como ocorreu em Santo Amaro, no Catete – mais de 1,5 mil pedras foram apreendidas

Tráfico proíbe venda de crack nas favelas do Rio
Tráfico proíbe venda de crack nas favelas do Rio (Foto: Ronaldo Brandão/Folhapress)


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247 – Cartazes espalhados pelas favelas do Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos informam aos moradores que, "em breve", a venda de crack estará proibida. A ação teria sido criada porque os criminosos temem que a Força Nacional de Segurança ocupe as comunidades do Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos, como ocorreu em Santo Amaro, no Catete – mais de 1,5 mil pedras foram apreendidas. Leia a matéria publicada na coluna de Ancelmo Gois:

O tráfico de drogas vai proibir a venda de crack nas favelas do Jacarezinho, Mandela e de Manguinhos, A medida, decidida pela maior facção do tráfico no Rio, ocorre dois meses depois de lançado no Rio o programa "Crack, é possível vencer" -- do governo federal.

A ordem de proibir a venda de crack partiu de chefes do tráfico, que estão presos. A informação vinha circulando pelas comunidades, mas ontem pela primeira vez apareceu o cartaz anunciando a proibição, "em breve", ao lado da cracolândia da favela Mandela, na Rua Leopoldo Bulhões, na chamada Faixa de Gaza. Os traficantes ainda têm ali cerca de dez quilos de crack. Cada pedra custa R$ 10,00. Há informações de que os criminosos temem que a Força Nacional de Segurança ocupe aquelas favelas, como ocorreu na comunidade Santo Amaro, no Catete, onde está há um mês e já apreendeu 1.513 pedras.

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-- Gostaria que essa decisão se espalhasse por todas as favelas do Rio porque o crack é uma droga devastadora e tem produzido só dor e sofrimento -- diz o líder do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, que desde 2009 faz trabalhos sociais na Mandela.

Durante muito tempo o crack era vendido apenas em São Paulo. Dizia a lenda que os traficantes do Rio não queriam produzir "zumbis".

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Dependentes de crack vivem nas imediações das bocas de fumo, atraindo a atenção da mídia e de operações do poder público. O tráfico no Rio alegava que a clientela de crack -- miserável -- traria problemas à venda de maconha e cocaína, mas capitulou após supostas alianças com a facção paulista, e começaram a oferecer o entorpecente vendido junto com a cocaína.

O combate ao crack virou uma questão de honra para o governo Dilma, que anunciou investimentos da ordem de R$ 4 bilhões no programa lançado em dezembro do ano passado. A grande dificuldade, segundo o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, é a falta de pessoal capacitado para lidar com os dependentes de crack em todo o país. No Rio o programa foi implantado em abril, com a participação do governo do estado e da prefeitura. Só no Estado do Rio, a previsão de verbas da União é de R$ 240 milhões.

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