Toffoli repete Rosa e Fux e condena três ex-Rural

Quinto ministro a votar sobre o núcleo financeiro da Ação Penal 470, Dias Toffoli condena Kátia Rabello e José Roberto Salgado, ex-dirigentes do Banco Rural, que contam, agora, cinco votos contrários; até esta quarta, apenas Lewandowki poupou Vinícius Samarane, mas Ayanna Tenório conseguiu quatro votos de absolvição

Toffoli repete Rosa e Fux e condena três ex-Rural
Toffoli repete Rosa e Fux e condena três ex-Rural (Foto: Edição/247)


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247 - "Ao invés do que sustenta a defesa, há constância entre a denúncia e a conduta dos réus", iniciou seu voto sobre o núcleo financeiro da Ação Penal 470 o ministro Dias Toffoli. Quinto ministro a votar sobre os quatro réus desse bloco, Toffoli encaminhou a condenação de Kátia Rabello e José Roberto Salgado, respectivamente ex-presidente e ex-vice-presidente do Banco Rural, de onde, de acordo com a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República, saía o dinheiro para irrigar o que ficou conhecido como o esquema do 'mensalão'.

Kátia e Salgado já somam, cada um, cinco votos pela condenação, contando com o de Toffoli, que também condenou Vinícius Samarane. Assim como os colegas Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Luiz Fux, o ministro absolveu Ayanna Tenório, que, destacou Toffoli, não tinha conhecimento da área de negócios, e atuava na área de recursos humanos.

"As operações de crédito foram aprovadas sem a observância das normas", disse o ministro. Em seu voto, Toffoli leu depoimentos que mostrariam que os empréstimos do Banco Rural às agências de Marcos Valério e ao PT foram realmente concedidos e que houve rolagem de dívida. Ele destacou trechos que houve auditoria externa e que as classificações de risco não foram distorcidas em 2004.

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O ministro disse entender como procedente a acusação contra Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinicius Samarane. "Não tenho dúvidas de que Vinícius Samarane teve participação na concessão dos empréstimos", disse o ministro, adiantando que não pediria a condenação de Ayanna Tenório, que, até agora, só foi condenada pelo relator Joaquim Barbosa.

"Não importa que depois os empréstimos tenham sido pagos, mas eles tinham como objetivo fugir da fiscalização", analisou Toffoli durante o voto, indicando que concorda com a acusação de gestão fraudulenta. "Os empréstimos serviram não apenas para o sistema delituoso na denúncia, mas também para a lavagem de dinheiro e o uso de mecanismos criminosos para burlar a cobrança dos empréstimos", completou.

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