Toffoli pode se declarar impedido no Mensalão
Advogada que foi scia do ministro do STF mais prximo ao PT j defendeu trs rus do processo: o ex-ministro Jos Dirceu e os ex-deputados Paulo Rocha e Professor Luizinho; Toffoli, no entanto, ainda no decidiu se ir participar ou no do julgamento mais polmico da histria poltica brasileira
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247 – Para os réus do Mensalão, cada voto é decisivo. Tem-se como certo, por exemplo, que Joaquim Barbosa, o relator do processo, e nomes de perfil mais conservador, como Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello, votarão pela condenação. Outros, que foram levados ao Supremo Tribunal Federal por Lula ou Dilma Rousseff, são apontados como votos mais leves. Entre estes, nenhum ministro é tido como mais próximo ao PT do que José Antônio Dias Toffoli, ex-advogado-geral da União.
No entanto, neste fim de semana, sua isenção para julgar o processo é questionada pela revista Veja. Na reportagem “Impedimento ou suspeição?”, a revista aponta que uma ex-sócia de Dias Toffoli, a advogada Roberta Maria Rangel, já defendeu três réus do Mensalão: o ex-ministro José Dirceu, que é também colunista do 247 (leia aqui seu último artigo), e os ex-deputados Paulo Rocha e Professor Luizinho. Dirceu contratou Roberta para tentar evitar a cassação de seu mandato. Rocha e Luizinho se defenderam das acusações de lavagem de dinheiro.
Procurado pela reportagem, Toffoli declarou que decidirá se vai participar ou não do processo apenas no “momento oportuno”. Ou seja: deixou uma porta aberta para declarar seu impedimento, alegando conflito de interesses. Toffoli também vem sendo pressionado de uma maneira ainda mais rasteira. A lobista Cristiane Araújo, que alega ter tido um relacionamento amoroso com o ministro do STF, afirma que levou a ele fitas sobre o chamado “mensalão do DEM”, que derrubaram o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Comenta-se, em Brasília, que haveria fitas gravadas com a presença de Toffoli.
Claramente, o ministro do STF está sendo emparedado. E seu voto, ou sua ausência no julgamento, pode decidir o destino dos réus do Mensalão.
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