Toffoli abre sigilos de Protógenes, que o acusa de proteger Dantas

Uma decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli ampliou em três anos a quebra do sigilo fiscal do deputado Protógenes Queiroz (PC do B), que está tendo sua conduta investigada na Operação Satiagraha, assim como sua expansão patrimonial; o deputado afirma que o ministro do STF seria um "protetor" do banqueiro Daniel Dantas

Uma decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli ampliou em três anos a quebra do sigilo fiscal do deputado Protógenes Queiroz (PC do B), que está tendo sua conduta investigada na Operação Satiagraha, assim como sua expansão patrimonial; o deputado afirma que o ministro do STF seria um "protetor" do banqueiro Daniel Dantas
Uma decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli ampliou em três anos a quebra do sigilo fiscal do deputado Protógenes Queiroz (PC do B), que está tendo sua conduta investigada na Operação Satiagraha, assim como sua expansão patrimonial; o deputado afirma que o ministro do STF seria um "protetor" do banqueiro Daniel Dantas (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Um post do blog do jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha, detalha uma decisão tomada pelo ministro Dias Toffoli, relacionada à polêmica Operação Satiagraha. Segundo a matéria, o ex-delegado e deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) estaria sendo investigado por sua conduta na ação. Toffoli suspeitaria de sua evolução patrimonial e até de suposto pagamento de propina. O deputado, por sua vez, acusa o ministro de ser um "protetor" do banqueiro Daniel Dantas. Leia abaixo:

Toffoli amplia quebra de sigilo de Protógenes

Inquérito apura suspeita de que ex-delegado teria recebido propina para investigar Daniel Dantas

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Protógenes diz que Toffoli é “protetor” de Dantas e o desafia a atestar prova usada no processo

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, ampliou em 3 anos a quebra do sigilo fiscal do ex-delegado e atual deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP), investigado por supostos desvios durante a Operação Satiagraha, que vasculhou a atuação do banqueiro Daniel Dantas.

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Em decisão publicada na última 4ª feira (25.set.2013), Toffoli pede cópias das declarações do Imposto de Renda de Protógenes de 2011 a 2013. O ex-delegado da Polícia Federal, que comandou a Satiagraha, já tivera seu sigilo fiscal quebrado de 2005 a 2008.

O ministro do STF ampliou a quebra do sigilo de Protógenes a pedido da subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio, em parecer de final de abril aprovado pelo seu marido, o ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel.

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Além da quebra do sigilo fiscal, que se resume aos dados do Imposto de Renda, Toffoli determinou a quebra do sigilo bancário de Protógones no período de 1.jan.2009 a 30.jun.2013. Os bancos nos quais Protógenes têm conta devem enviar as informações à Procuradoria Geral da República até o próximo dia 25.

A quebra dos sigilos fiscal e bancário também atinge, pelo mesmo período, o delegado aposentado José Zelman, que doou 3 imóveis para Protógenes durante a Operação Satiagraha.

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O inquérito 3152 tem como alvo, além de Protógenes, Luiz Roberto Demarco, ex-funcionário de Dantas que se tornou adversário do banqueiro. A investigação apura a suspeita de que o ex-delegado teria recebido propina de Demarco para investigar Dantas.

O pano de fundo do inquérito é a disputa comercial entre Dantas e seus sócios italianos pelo controle da Brasil Telecom, em meados da última década.

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A Operação Satiagraha foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça em 2011 devido à participação irregular de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). A Brasil Telecom acabou incorporada pela Oi em 2009 que, por sua vez, anunciou ontem (2.out.2013) sua fusão com a Portugal Telecom.

‘Prova falsa’

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Ao Blog, Protógenes afirma que a decisão de Dias Toffoli não tem fundamento legal, mas já apresentou voluntariamente ao Supremo as cópias solicitadas de suas declarações de Imposto de Renda para “matar a curiosidade” do ministro.

O ex-delegado diz que o inquérito 3152 se baseia em prova falsa – a suposta apreensão de R$ 280 mil em sua casa, citada no parecer de Gurgel e Sampaio que solicitou ao Supremo a instauração do inquérito. Segundo Protógenes, a referida apreensão nunca ocorreu.

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“Eu quero que Dias Toffoli, Roberto Gurgel e Cláudia Sampaio, protetores do banqueiro Daniel Dantas, provem a existência da apreensão desses R$ 280 mil”, diz.

O advogado de Protógenes, Adib Abdouni, solicitou ao Supremo uma certidão judicial que comprove a apreensão da quantia na casa de seu cliente. Em 18.jun.2013, Dias Toffoli determinou a expedição dessa certidão, o que não ocorreu até o momento, diz Abdouni. Segundo ele, há “parcialidade” na condução do processo.

(Bruno Lupion)

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