TCU foi alertado sobre restrição em edital de Angra 3
Auditores da Unidade Técnica do Tribunal de Contas de União sugeriram ao plenário da Corte a suspensão da concorrência lançada pela Eletronuclear para as obras da Usina Nuclear Angra 3 pelo “caráter extremamente restritivo” do edital de pré-qualificação; no entanto, os ministros mandaram continuar a licitação, hoje alvo da Operação Lava Jato; o tribunal é presidido por Aroldo Cedraz, pai do advogado Tiago Cedraz, que foi acusado em delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, de receber R$ 50 mil mensais para vender informação do tribunal, além de R$ 1 milhão para influenciar em favor da construtora em processo sobre a usina
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247 – Procuradores da Lava jato afirmam que o TCU liberou a concorrência lançada pela Eletronuclear para as obras da Usina Nuclear Angra 3 apesar de um alerta feito por Auditores da Unidade Técnica do Tribunal.
“No edital de pré-qualificação, foram identificadas cláusulas de habilitação que conferiram caráter extremamente restritivo ao certame, a exemplo da exigência de atendimento de pelo menos quatro subitens por cada consorciada”, apontou relatório dos auditores do TCU.
Apesar das ressalvas, os ministros mandaram continuar a licitação, hoje alvo da Operação Lava Jato. Na 16ª fase da operação, o presidente licenciado da estatal, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso, acusado de receber R$ 4,5 milhões em propinas.
Em delação premiada, o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini afirmou que o edital continha cláusulas propositais para restringir a competição às empreiteiras.
O Tribunal é presidido por Aroldo Cedraz, pai do advogado Tiago Cedraz, que foi acusado em delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, de receber R$ 50 mil mensais para vender informação do tribunal, além de R$ 1 milhão para influenciar em favor da construtora em processo sobre a usina.
Leia aqui reportagem de Fausto Macedo sobre o assunto.
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