STF anula aposentadoria da juíza Clarice Maria de Andrade

Ela foi afastada de suas funções por ter ordenado, em 2007, a prisão de uma menina de 15 anos numa cela de homens no município de Abaetetuba, no Pará

STF anula aposentadoria da juíza Clarice Maria de Andrade
STF anula aposentadoria da juíza Clarice Maria de Andrade (Foto: Divulgação)


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Fernando Porfírio_247 - O Supremo Tribunal Federal anulou, nesta quinta-feira (14), por unanimidade, a aposentadoria da juíza Clarice Maria de Andrade. Ela havia sido afastada de suas funções por ter ordenado, em 2007, a prisão de uma menina de 15 anos numa cela de homens no município de Abaetetuba, no Pará. Agora, com a decisão do STF a magistrada pode retomar as atividades no Judiciário.

Clarice foi acusada de ser negligente no episódio em que uma adolescente ficou presa com dezenas de homens no Pará. Em 2010, o CNJ puniu administrativamente a magistrada com a aposentadoria compulsória.

Na decisão desta quinta-feira, os ministros do STF cassaram a decisão do Conselho Nacional de Justiça por entenderam que a aposentadoria compulsória — pena administrativa máxima para juízes — foi muito severa para a responsabilidade da juíza nos fatos.

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“O CNJ não deveria analisar uma decisão judicial. É o delegado de polícia que teria que ter visto [a prisão da jovem com homens], que deveria tomar uma atitude, se dirigir à juíza e dizer o que tinha acontecido”, explicou o ministro Cezar Peluso, alegando que a juíza só tomou conhecimento do fato dias depois.

O plenário do STF decidiu não anular o processo em definitivo porque, dentro do mesmo caso, a juíza Clarice de Andrade também é acusada de adulterar datas de documentos. Como esse fato foi analisado no primeiro julgamento de forma secundária pelo CNJ, os ministros do Supremo decidiram enviar o caso de volta, para os conselheiros reavaliarem a sanção administrativa de acordo com essa acusação.

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Os ministros já preestabeleceram, no entanto, que a aposentadoria compulsória não pode ser aplicada, pois acreditam que a adulteração dos documentos, caso fique provada, não é tão grave para justificar a máxima punição. De acordo com a assessoria do STF, a juíza, em tese, pode voltar a trabalhar assim que a decisão tomada hoje for publicada.

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