Stedile: Dilma, vem para rua ouvir os trabalhadores
O líder do Movimento dos Sem Terra, João Pedro Stedile, pediu nesta sexta (13), em manifestação no centro do Rio, que a presidente Dilma Rousseff "saia do Palácio" para ouvir os trabalhadores; ele também afirmou que não aceita "infiltração de capitalistas" no governo federal; "Já chega de infiltração de capitalista no governo. Não aceitamos a infiltração de um tal de Levy", disse ele em referência ao ministro da Fazenda; "Não podemos fazer ajuste às custas do trabalhador. A crise que o Brasil vive é culpa dos capitalistas. Não aceitamos a redução do direito da classe trabalhadora. Dilma, saia do palácio e venha para rua ouvir os trabalhadores", defendeu
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247 - O líder do Movimento dos Sem Terra, João Pedro Stedile, pediu nesta sexta-feira (13) em manifestação no centro do Rio, que a presidente Dilma Rousseff "saia do Palácio" para ouvir os trabalhadores. Ele também afirmou que não aceita "infiltração de capitalistas" e do ministro Joaquim Levy (Fazenda) no governo federal.
"Já chega de infiltração de capitalista no governo. Não aceitamos a infiltração de um tal de [Joaquim] Levy", disse do ministro da Fazenda. "Não podemos fazer ajuste às custas do trabalhador. A crise que o Brasil vive é culpa dos capitalistas. Não aceitamos a redução do direito da classe trabalhadora. Dilma, saia do palácio e venha para rua ouvir os trabalhadores", defendeu Stedile.
Abaixo matéria da Agência Brasil:
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile, participou hoje (13), no Rio de Janeiro, do ato em defesa da Petrobras e pregou a independência dos movimentos sociais em relação ao governo. A manifestação atraiu milhares de pessoas, que se concentraram na Cinelândia, no centro da cidade, e depois seguiram em caminhada até a sede da estatal.
“Estamos aqui para defender os direitos dos trabalhadores. E os movimentos populares têm que ser autônomos do governo. Para, quando ele acerta, elogiar. Mas, quando ele erra, criticar”, disse o líder sem-terra, após descer do carro de som e caminhar ao lado de outras lideranças políticas, na dianteira da manifestação.
Stédile destacou que a estatal do petróleo precisa continuar sendo do povo brasileiro e defendeu o combate à corrupção.
“O povo brasileiro deu uma demonstração de que está unido, milhares saíram em todas as capitais. E queremos evitar que a crise traga prejuízos aos trabalhadores. Queremos garantir que a Petrobras continue sendo do povo brasileiro, queremos combater a corrupção, com a aprovação de uma reforma política”.
O ativista defendeu a presença do povo nas ruas, conforme pedido feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em ato recente na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). “A rua é o único espaço em que o povo pode discutir política. O Parlamento é dos deputados, os palácios são dos eleitos. A rua é democrática e da paz. Quem é violento no Brasil sempre foram os poderosos. A elite que não aceita repartir com os trabalhadores a riqueza e o poder”.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também participou do ato, disse que a manifestação desta sexta-feira foi um recado aos que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Queremos mostrar à sociedade brasileira que os golpistas não são maioria, que não têm a menor possibilidade de impeachment, porque o povo está nas ruas, defendendo a democracia e os direitos sociais. Estamos reagindo, com coragem, e não vamos permitir golpe ou impeachment. Defendemos a Petrobras livre dos corruptos”.
O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) pediu a investigação dos crimes praticados contra a estatal, mas ressaltou que não se pode utilizar os escândalos como justificativa para entregar o petróleo nacional ao capital estrangeiro.
“Estamos aqui dizendo basicamente duas coisas: queremos a investigação de todo e qualquer crime praticado contra a Petrobras ou contra o patrimônio do povo brasileiro. Mas, não aceitamos que esses escândalos sejam usados como tentativa de justificar a entrega do pré-sal brasileiro para interesses internacionais”.
A manifestação foi encerrada com um abraço simbólico ao prédio da sede da Petrobras, na Avenida Chile.
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