Solto o dono da ilha confiscada pela PF

Paulo Cavalcanti, conhecido como Paulinho Metanol, no est mais preso. Alvo da Operao Alquimia, ele foi acusado de fraudes tributrias de R$ 1 bilho, mas liberado depois de prestar depoimento; em carta, ele se defende



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247 – Assim como em muitas outras ações da Polícia Federal, espetaculares apenas no início, o mesmo começa a acontecer com a Operação Alquimia, que, há duas semanas, confiscou a ilha em Salvador do empresário Paulo Cavalcanti, dono do grupo Sasil, que vende produtos petroquímicos e foi acusado de fraudes tributárias de R$ 1 bilhão. Cavalcanti, que havia sido preso no dia 22, foi solto depois de prestar depoimento.

O advogado do empresário, Gamil Föppel, afirmou que a prisão do seu cliente foi "ilegal". Segundo o defensor, em todos os anos de investigação, o empresário nunca foi chamado para prestar qualquer esclarecimento. Ele afirma ainda que, em questões tributárias, antes mesmo da abertura de processo criminal, o empresário deve ter a oportunidade de pagar a dívida – e esta dívida sequer foi apontada no processo.

Cavalcanti também se defendeu por meio de uma carta. Nela, ele diz que nunca esteve foragido e não evitou esclarecimentos, afirma ainda que viajou com a família de férias e saiu do país sem qualquer restrição no embarque. "Voltamos na data prevista, de livre e espontânea vontade, e estamos prontos para apoiar e investigação que injustamente nos atingiu", diz a carta. O empresário assume que teve relações comerciais com empresas citadas na investigação, mas isso não traria "nenhuma imputação legal" à sua empresa. Cavalcanti, que é o dono da ilha confiscada pela Operação Alquimia, diz ainda que não tem vergonha do seu patrimônio, que é "fruto de muito suor". A ilha de 20 mil metros quadrados na Baía de Todos os Santos é avaliada em R$ 15 milhões.

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Confira a íntegra da carta divulgada pelo advogado do empresário:

"Senhoras e senhores,

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Tendo em vista a avalanche de acusações absurdas referentes a minha pessoa, minha empresa e meu patrimônio, venho por meio desta informar que nunca estive foragido nem procurei me furtar a esclarecer quaisquer dúvidas. Estava em viagem de férias com minha família, e deixamos o país sem qualquer restrição quando de nosso embarque, há 10 dias – antes portanto da emissão das medidas cautelares que vinham sendo preparadas em sigilo. Voltamos na data prevista, de livre e espontânea vontade, e estamos prontos para apoiar a investigação que injustamente nos atingiu.

Jamais tive ligação societária ou pessoal com empresas sonegadoras, off shore ou não. A Sasil e a Varient são empresas 100% auditadas e que prezam pela transparência nas suas contas. Não chegamos até aqui com nada além de uma visão empreendedora, somada ao trabalho de todos aqueles que estiveram ao meu lado durante todo este tempo. Tivemos, sim, relações comerciais de compras e vendas diversas, na década de 90, com algumas das empresas citadas no caso. Fato que não traz nenhuma imputação legal a minha empresa, por tratar-se de uma distribuidora comercial.

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Meu patrimônio pessoal é fruto de muito suor, dedicação e não me envergonho dele. Ao contrário, tenho orgulho de ser um empresário de sucesso em um país com tantos entraves para o desenvolvimento do empreendedorismo".

Muito obrigado a todos".

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