“Só uma mulher muito mal-intencionada se sentiu ofendida”
Deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defende o pai, Jair Bolsonaro (PP-RJ), no caso Maria do Rosário, quem, segundo ele, se faz de vítima; diante da colocação de que "muitas mulheres, para além do PT, se sentiram agredidas" com as declarações do parlamentar, que disse que não estupraria a petista porque ela "não merece", Eduardo afirma que "só uma mulher muito mal-intencionada se sentiu ofendida"
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247 – Prestes a assumir um cargo na Câmara, o deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defende o pai na polêmica que envolve a deputada Maria do Rosário (PP-RS) e diz que a petista se faz de vítima no episódio. Em discurso no plenário, Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse à colega que não estupraria porque ela "não merece".
"Olha, a Maria do Rosário chamou meu pai de estuprador. Se meu pai fosse se vitimizar hoje que nem ela, ele diria que não consegue nem dormir à noite, pelo xingamento. Isso daí é a arte da esquerda: eles se vitimizam para tentar a comoção. Mas, na verdade, não foi isso que ocorreu", defendeu, em entrevista à coluna Poder Online, do iG.
Diante da colocação de que "muitas mulheres, para além do PT, se sentiram agredidas" com as declarações do parlamentar, Eduardo afirmou: "Me desculpa te interromper aqui, mas só uma mulher muito mal-intencionada se sentiu ofendida". Segundo ele, "muitas mulheres" elogiam seu pai.
"Na verdade, quem tinha que ter remorso é a Maria do Rosário (...). Ser chamado de estuprador e ir pra casa, dar boa noite pra todo mundo e ir dormir como se nada tivesse acontecido. Eu tenho irmã. Como que fica essa história? Alguém da imprensa já foi perguntar pra Maria do Rosário porque que ela chamou meu pai de estuprador? Porque ela vai ter que provar", acrescentou.
Em sua opinião, o episódio "foi criado para afastar o foco do Petrolão e das demais investigações que passem no alto do governo do PT". Questionado se a declaração em que Bolsonaro chamou Maria do Rosário de "muito feia" não criou polêmica em sua família, Eduardo repete o xingamento à deputada.
"Não, não. A gente não tem a obrigação de elogiar todas as pessoas. Eu, por exemplo, quando encontro com meus amigos eles me chamam de careca. Iam me chamar de cabeludo? São adjetivos que, se ela tivesse conhecimento do dicionário, ela veria que ela se enquadra", disse.
Questionado sobre a polêmica em que se envolveu recentemente, ao ser fotografado com uma arma na cintura durante uma manifestação contra a presidente Dilma Rousseff, o futuro deputado disse que pretende "continuar andando armado" mesmo depois de assumir como deputado. "Diversos parlamentares têm o porte de armas já. O que eu não posso é entrar armado dentro do Congresso".
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