Sindicalistas protestam pelos benefícios previdenciários
Centrais sindicais farão paradas em frente aos prédios da Petrobras e do Ministério da Fazenda na manhã de hoje, contra as medidas que mudam regras como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego; segundo o ministro Miguel Rossetto, o aumento da formalização no mercado de trabalho e o crescimento da expectativa de vida são fatores que mostram a necessidade das mudanças no sistema de proteção social; “Nós [as centrais sindicais] não concordamos e achamos que isso é muito prejudicial ao trabalhador”, rebate o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas
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Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - As centrais sindicais fazem hoje (28) um protesto contra as medidas provisórias 664 e 665. Anunciadas no fim do ano passado pelo governo federal, as medidas mudam as regras para benefícios previdenciários, como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego. A manifestação começa às 9h no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital.
Os trabalhadores seguirão em passeata e farão paradas em frente aos prédios da Petrobras e do Ministério da Fazenda. A ideia é entregar um documento com críticas às medidas do governo. Estão marcados protestos simultâneos em Curitiba, Florianópolis, Belém, Salvador, Manaus, Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza e no Rio de Janeiro.
Na semana passada, representantes das centrais tiveram uma reunião com quatro ministros. Após o encontro, os líderes sindicais mantiveram a posição de pedir a revogação das MPs, alegando que elas retiram direitos dos trabalhadores. O governo descartou a possibilidade de revogação, mas disse que manterá o diálogo com as centrais sobre o conteúdo das medidas.
O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, informou, na ocasião, que as medidas têm a finalidade de manter os benefícios dos trabalhadores sem comprometer a Previdência e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo ele, o aumento da formalização no mercado de trabalho e o crescimento da expectativa de vida são fatores que mostram a necessidade das mudanças no sistema de proteção social.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, contestou a visão do governo. Para ele, o país teve bons resultados incentivando o mercado interno e a criação de empregos. “Nós [as centrais sindicais] não concordamos e achamos que isso é muito prejudicial ao trabalhador”, disse.
Além da CUT, participam dos atos de hoje a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores, a Central dos Sindicatos Brasileiros, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e a Nova Central.
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