Setor elétrico faz paralisação em todo o País

Trabalhadores recusam os 5,1% oferecidos pela Eletrobras; retorno à atividade apenas após nova proposta; há greve em 16 empresas, como Furnas, Eletronorte, Eletronuclear e Cepel, com exceção de Angra dos Reis (à dir.); atividade é de 30%, para que não haja quedas de energia nas grandes cidades

Setor elétrico faz paralisação em todo o País
Setor elétrico faz paralisação em todo o País (Foto: Divulgação)


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247– Os trabalhadores da Eletrobras, que controla geradoras e transmissoras de energia brasileiras, iniciaram nesta segunda-feira 16 uma paralisação em 16 empresas do setor, como Furnas, Eletronuclear, Cepel e Eletronorte. O movimento é mais forte no Rio de Janeiro, mas atinge todas as regiões do País e não tem previsão de término. A estatal responde por 37% do total da capacidade de geração e 57% da transmissão de energia elétrica do País. Atualmente, emprega 28 mil funcionários. A decisão para a paralisação foi tomada em assembleias realizadas na última quinta-feira.

Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região, os trabalhadores recusaram a proposta de reajuste oferecido pelas empresas para o ano de 2012, total de 5,1%, uma reposição da inflação medida pelo IPCA. Segundo a assessoria do sindicato, o reajuste não contempla os aumentos registrados em custos como refeição, creche e planos de saúde. O ideal seria um reajuste de 11%.

"Até agora, não recebemos nenhum sinal da Eletrobras, nenhuma convocação de reunião. A nossa data-base expira no 15 de julho e a empresa não se manifestou até o momento", disse o presidente do sindicato, Jorge Luiz Vieira, ao jornal Valor Econômico na última sexta-feira. O 247 não conseguiu contato com Vieira. Procurada pelo 247, a assessoria de imprensa da Eletrobras não respondeu até a publicação desta reportagem.

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O sindicato informa também que os trabalhadores de energia elétrica não são tratados como os de outros setores por serem os primeiros a começar a renegociar o salário – o setor tem a data-base de negociação em maio. Uma justificativa alegada é de que a área é formada por especialistas, com grau de conhecimento elevado, e por isso precisa obter remunerações maiores. Segundo os sindicalistas, muita gente ruma para o setor privado por ser mal remunerado nas estatais, o que causa risco nas empresas, que ficam com menos funcionários qualificados.

Para que a energia não sofra quedas, está sendo cumprida pelos trabalhadores uma  exigência mínima de 30% de atuação, quantidade necessária para que não haja prejuízos para a população. A adesão, segundo o sindicato, é total, com exceção apenas de Angra dos Reis, por questão de segurança.

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