Senado aprova três embaixadores e reprova um

O Senado aprovou nesta terça (19) as indicações de três diplomatas que terão a responsabilidade de comandar representações brasileiras no exterior: Paulo Cesar de Oliveira Campos para a Embaixada do Brasil na França; João Alberto Dourado Quintaes para o Mali; e Cícero Martins Garcia para a Geórgia; já a indicação de Guilherme de Aguiar Patriota para a Organização dos Estados Americanos (OEA) foi rejeitada; "É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho lamentável", disse Lindbergh Farias (PT), que atribuiu a rejeição a disputas entre partidos; Renan Calheiros falou em "independência" do Senado

O Senado aprovou nesta terça (19) as indicações de três diplomatas que terão a responsabilidade de comandar representações brasileiras no exterior: Paulo Cesar de Oliveira Campos para a Embaixada do Brasil na França; João Alberto Dourado Quintaes para o Mali; e Cícero Martins Garcia para a Geórgia; já a indicação de Guilherme de Aguiar Patriota para a Organização dos Estados Americanos (OEA) foi rejeitada; "É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho lamentável", disse Lindbergh Farias (PT), que atribuiu a rejeição a disputas entre partidos; Renan Calheiros falou em "independência" do Senado
O Senado aprovou nesta terça (19) as indicações de três diplomatas que terão a responsabilidade de comandar representações brasileiras no exterior: Paulo Cesar de Oliveira Campos para a Embaixada do Brasil na França; João Alberto Dourado Quintaes para o Mali; e Cícero Martins Garcia para a Geórgia; já a indicação de Guilherme de Aguiar Patriota para a Organização dos Estados Americanos (OEA) foi rejeitada; "É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho lamentável", disse Lindbergh Farias (PT), que atribuiu a rejeição a disputas entre partidos; Renan Calheiros falou em "independência" do Senado (Foto: Valter Lima)


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247 - O Senado aprovou nesta terça-feira (19) as indicações de três diplomatas que terão a responsabilidade de comandar representações brasileiras no exterior: Paulo Cesar de Oliveira Campos para a Embaixada do Brasil na França; João Alberto Dourado Quintaes para o Mali; e Cícero Martins Garcia para a Geórgia. Já a indicação de Guilherme de Aguiar Patriota para a Organização dos Estados Americanos (OEA) foi rejeitada. A indicação do diplomata recebeu 17 votos favoráveis e 38 contrários.

O nome de Paulo Cesar de Oliveira Campos foi aprovado por 66 votos favoráveis, 4 contrários e uma abstenção. Durante a sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o indicado afirmou que terá como prioridade atuar na defesa dos interesses comerciais do Brasil e no apoio para a instalação de empresas brasileiras na França. Além da França, ele vai representar o Brasil também no Principado de Mônaco. Para isso, deixará a Embaixada do Brasil na Espanha, da qual é titular.

O nome de João Alberto Dourado Quintaes para exercer o cargo de embaixador do Brasil no Mali foi aprovado por 68 votos a favor e 6 contrários. Durante a sabatina, realizada em abril pela CRE, João Quintaes ressaltou a cooperação mantida pelo Brasil com aquele país na produção agrícola, especialmente de algodão.

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Outro indicado que teve o nome aprovado, com 72 votos a favor e 4 contrários, foi Cícero Martins Garcia, que será o novo embaixador do Brasil na Geórgia. Na sua sabatina, realizada pela CRE no final de abril, Cícero Garcia disse que, desde a chamada Revolução das Rosas, em 2003, a Geórgia procura se abrir ao Ocidente. Segundo o indicado, o comércio com o Brasil tem crescido desde então, e as exportações brasileiras para aquele país alcançaram US$ 276 milhões em 2014.

Rejeição

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A rejeição a Guilherme de Aguiar Patriota dividiu as opiniões dos senadores.

— É a primeira vez na história que um diplomata de carreira é rejeitado pelo Senado Federal. Eu acho lamentável — disse Lindbergh Farias (PT-RJ), que atribuiu a rejeição a disputas entre partidos.

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O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também lamentou a rejeição. Ele lembrou que a indicação não se deu por razões políticas e que Patriota é um diplomata de carreira.

— Eu lamento muito que tenhamos usado a soberania desta maneira, Considero que foi um equívoco — lamentou.

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Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por sua vez, comemorou a rejeição. Para ele, o fato mostra que o Senado não existe apenas para dar uma chancela às decisões do Executivo. O senador elogiou o fato de a Casa ter despertado para a importância das sabatinas e afirmou que a rejeição se deu em razão das respostas do indicado na última semana na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

— A sabatina não é um mero ato protocolar, não é um rito de passagem, muito menos é uma ação entre amigos. A sabatina serve para que o sabatinado possa revelar à República a sua forma de pensar e nas respostas que foram dadas pelo sabatinado na última quinta-feira na comissão de Relações Exteriores ficou patente que ele poderia melhor representar a Venezuela que o Brasil — afirmou.

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Para ele, o Senado apenas exerceu sua função de forma autônoma, independente e democrática. O papel do Senado também foi lembrado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros.

— Se as aprovações fossem automáticas, nós não precisávamos fazer sabatina e apreciar no Plenário — lembrou.

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