Sem extradição, Cardozo quer que Pizzolato cumpra pena na Itália
"Caso o governo italiano entenda que ele não possa ser extraditado, a alternativa será voluntária do governo brasileiro. Enviaremos cópia para que a Justiça italiana o processe lá. Se ele for condenado como cidadão italiano, cumprirá pena lá", afirmou nesta quarta-feira, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, durante audiência na Câmara
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Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (4), em audiência na Câmara dos Deputados, que o Ministério da Justiça pedirá que o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Henrique Pizzolato cumpra a pena em território italiano, caso a Itália não aceite o pedido de extradição.
"Caso o governo italiano entenda que ele não possa ser extraditado, a alternativa será voluntária do governo brasileiro. Enviaremos cópia para que a Justiça italiana o processe lá. Se ele for condenado como cidadão italiano, cumprirá pena lá", declarou Cardozo, esclarecendo que, por ter cidadania italiana, um eventual pedido de extradição de Pizzolato poderia ser negado.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses, na Ação Penal 470, o processo do mensalão. De acordo com Cardozo, o ex-diretor do BB está foragido desde o dia 15 de novembro, quando a prisão dele e de outros condenados no processo do mensalão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro disse ainda que a iniciativa do pedido de extradição é do Supremo Tribunal Federal (STF). "A Polícia Federal já acionou as adidâncias [representações] no exterior, mas que a iniciativa [de pedir a extradição] é do STF", declarou Cardozo.
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