Se Hargreaves voltou, Monteiro tem que voltar

Elogiado até por tucanos, o executivo Claudio Monteiro, que era o braço direito de Agnelo Queiroz no DF, saiu para evitar que o governo sangrasse; modelo adotado foi o da crise de Henrique Hargreaves, no governo Itamar Franco; inocentando, Hargreaves voltou e a história agora deve se repetir

Se Hargreaves voltou, Monteiro tem que voltar
Se Hargreaves voltou, Monteiro tem que voltar (Foto: Edição/247)


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247 – O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, se vê diante de uma imposição moral: reconduzir o executivo Claudio Monteiro ao cargo. Depois do depoimento desta quinta-feira, em que foi elogiado até por tucanos, como o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), Monteiro saiu de alma lavada do Congresso Nacional. Ele, que tinha o direito de permanecer calado, decidiu falar. E falou tanto que acabou convencendo os parlamentares da tese, já apontada aqui no 247, de que o esquema Delta tentou, mas não conseguiu se infiltrar no GDF. “Não recebi recursos da Delta”, disse Monteiro, ressaltando, “sem demagogia”, que, se a empresa tivesse feito doações eleitorais na campanha, ele as teria recebido. “O senhor sai daqui de cabeça erguida e provou que tem caráter”, disse Carlos Sampaio, levando Monteiro às lágrimas.

Monteiro, que era chefe de gabinete de Agnelo Queiroz e responsável pelas obras da Copa de 2014 na capital federal, deixou o cargo no dia 10 de abril deste ano. Tomou a decisão para evitar que o governo – que era alvo de uma série de vazamentos seletivos na imprensa – continuasse sangrando. Monteiro se inspirou na solução adotada por Henrique Hargreaves, ex-ministro da Casa Civil de Itamar Franco, que saiu do cargo em 1993 para se defender de uma série de denúncias e que, depois, inocentado, retornou.

Evidentemente, a decisão de retornar não é dele, mas sim do governador Agnelo Queiroz, que ainda não nomeou um novo chefe de gabinete em definitivo nem um novo responsável pelas obras da Copa. Este é um ponto que também pesa a favor de Monteiro. De todas as cidades-sede da Copa de 2014, Brasília é a que está mais avançada – seu estádio já tem 57% das obras concluídas e foi considerado “um brinco” na visita feita nesta quinta por Jerôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

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A bola, agora, está com Agnelo.

 

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