Ronaldo, um empresário no Comitê de Organização da Copa
Quando assumiu cargo no conselho do COL, em novembro do ano passado, o empresário e ex-jogador garantiu que não haveria conflito de interesse; passados sete meses, ainda é possível garantir isso?
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247 – Quando tomou posição no Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, no fim do ano passado, o empresário e ex-jogador Ronaldo Nazário (mais conhecido como Fenômeno) defendeu que não havia "nenhum tipo de conflito de interesse" na conciliação entre suas atividades como membro do conselho administrador do COL e dono da empresa 9ine. É sob esse argumento que o Fenômeno continua atuando no mundo dos negócios, o que, como era de se esperar, se tornou alvo de críticas.
Desta vez, elas partem do deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), que chama atenção em seu blog para a atuação de Ronaldo em relação ao naming rights de estádios pelo Brasil, que a TV Globo tem por determinação não respeitar. "Não posso concordar com o que vem acontecendo na mistura de negócios públicos e privados que envolvem Ronaldo", escreveu Garotinho em seu blog. "(Ronaldo) Assumiu um cargo no Comitê Organizador Local da Copa de 2014, na época para tentar livrar a cara de Ricardo Teixeira, sem abrir mão de seus negócios privados. Agora em nome de seus clientes particulares negocia com TV Globo ao mesmo tempo que representa o COL", completou.
O deputado lembra ainda que Ronaldo "foi contratado pelo Ministério do Esporte (junto com Pelé) para estrelar uma campanha comercial que está sendo veiculada em todas as mídias para enaltecer o trabalho que vem sendo feito na preparação da Copa", e emenda: "É muita mistura de negócios públicos e privados, não há como não haver conflito de interesses". Tem conflito aí ou não tem?
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