Roberto Jefferson comprou armas de fogo e munições enquanto estava em prisão domiciliar

Aquisição de uma pistola e uma carabina, utilizada no ataque feito pelo ex-deputado contra policiais federais, além de cerca de 150 cartuchos, foi autorizada pelo Exército

(Foto: Reprodução)


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247 - O ex-deputado Roberto Jefferson adquiriu uma carabina, uma pistola e pelo menos 150 cartuchos no período em que esteve preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com notas fiscais e documentos emitidos pelo Exército.

Segundo o jornal O Globo, a pistola, um modelo Force Plus calibre 9mm da fabricante italiana Tanfoglio, foi comprada em nome de Jefferson em uma loja de Brasília no dia 22 de dezembro de 2021, enquanto o ex-deputado ainda estava preso em uma cela do Complexo de Gericinó. A carabina Smith & Wesson calibre 5.56, usada posteriormente por Jefferson para atirar em policiais federais, foi registrada junto à 11ª Região Militar, em Brasília, durante o período em que ele estava em prisão domiciliar. 

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Embora a legislação brasileira proíba a posse e compra de armas por investigados ou réus em ações penais, o Exército autorizou a aquisição do arsenal. O Exército abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) em maio do ano passado para investigar possíveis falhas, omissões e crimes cometidos por militares responsáveis por permitir as compras de armas por parte de Jefferson, conforme solicitado pelo Ministério Público Militar.

Ainda conforme a reportagem, “num ofício encaminhado ao comando da 11ª Região Militar em maio passado, a promotora Caroline Piloni alega que ‘é necessário apurar eventuais responsabilidades criminais quanto à manutenção ou ao deferimento para aquisição, por parte de Roberto Jefferson, de novos Produtos Controlados pelo Exército no período em que ele já era investigado em inquérito criminal, e depois, réu em ação penal’”. 

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Na operação, os agentes também encontraram uma guia de tráfego emitida pelo Exército em nome de Jefferson datada de 27 de julho de 2022. O documento autorizava o transporte da pistola comparada na loja Guns Sport, em Brasília, para um endereço do ex-deputado na capital.

“Um detalhe curioso é que, ao MPM, a 11ª Região Militar alegou que não expediu guias de tráfego em nome de Jefferson depois 23 de agosto de 2021, quando Moraes determinou a suspensão dos portes de trânsito — ou seja, na época a pistola foi retirada da loja, o político não poderia se deslocar com seu acervo”.

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As duas armas adquiridas por Jefferson enquanto estava preso foram apreendidas apenas em 23 de outubro do ano passado, após ele efetuar 60 disparos com a carabina 5.56 contra os policiais federais. 

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