Revista Época revela grampos que podem derrubar secretário de saúde do DF

Ex-diretor da Delta, Claudio Abreu, teria combinado o pagamento de propina ao secretrio Rafael Barbosa (esq.), porque ex-chefe de gabinete Claudio Monteiro (dir.) estaria criando dificuldades

Revista Época revela grampos que podem derrubar secretário de saúde do DF
Revista Época revela grampos que podem derrubar secretário de saúde do DF (Foto: Edição/247)


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247 – O site da revista Época acaba de publicar gravações que podem derrubar o secretário de saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa. Segundo sustenta a reportagem, negada pelo secretário, ele teria recebido propinas para favorecer a construtora Delta, que tinha Carlos Cachoeira como uma espécie de sócio informal. Leia:

Gravações mostram turma de Cachoeira falando em propina para secretários do governador Agnelo Queiroz

Escutas obtidas por ÉPOCA com exclusividade revelam que, há exatamente um ano, a construtora Delta negociou propina para o secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa

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ANDREI MEIRELES E MURILO RAMOS

ÉPOCA teve acesso a escutas telefônicas que mostram que, em abril do ano passado, a empresa Delta Construções resolveu pagar propina ao secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, para facilitar o recebimento das faturas por conta dos contratos para coleta de lixo em Brasília. De acordo com as gravações, o acerto com Rafael Barbosa – homem de confiança do governador Agnelo Queiroz e coordenador de sua campanha eleitoral – foi a solução encontrada para facilitar recebimentos de faturas e nomeações de apadrinhados da Delta no Serviço de Limpeza Urbana (SLU). As conversas gravadas entre o empresário Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, o sargento aposentado Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o Marcello Lopes, o Marcelão, que foi assessor da Casa Militar do governo de Brasília, sugerem que, até o começo de abril, a propina era paga ao então chefe de gabinete do governador, Cláudio Monteiro.

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A troca dos supostos destinatários da propina é revelada numa conversa entre Dadá e Marcelão, no dia 13 de abril de 2011. “O Cláudio (Abreu) me disse que não vai mais pagar para ninguém. Nem para Ademar ( funcionário da SLU), nem para Cláudio Monteiro. E disse que já está alinhado com Rafael. Vai dar pro Rafael e ponto final”, disse Marcelão. Segundo a PF, Rafael é o secretário de Saúde do DF.

Segundo os investigadores, o suposto acerto com Rafael Barbosa ocorreu uma semana antes dessa conversa em um jantar num restaurante japonês com Cláudio Abreu e o secretário de Governo, Paulo Tadeu, outro homem de confiança do governador.

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Nas conversas a que ÉPOCA teve acesso, Cláudio Abreu e operadores do bicheiro Carlinhos Cachoeira dizem que Cláudio Monteiro e diretores do SLU estariam acertados com uma empresa concorrente da Delta. Por isso, apesar da propina, os pagamentos para a Delta não estavam em dia e nada de nomeações.

Em outra conversa gravada, o sargento Dadá diz a Cláudio Abreu que Cláudio Monteiro, contrariado com a decisão da Delta, avisou que haveria represália contra a Delta. Cláudio Abreu pede a Dadá que providencie gravações de diretores da SLU e do próprio Cláudio Monteiro, para comprovar as ameaças. “O Cláudio Monteiro ta ameaçando aí? Aí é pra eu vou falar pro Paulo Tadeu e pro Rafael: Ó, o Cláudio Monteiro ta fazendo isso contra a gente”. Dadá diz a Abreu que Marcelão não vai querer gravar Monteiro.

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ÉPOCA procurou o secretário Rafael Barbosa. Por intermédio de sua assessoria, Barbosa afirmou que “se trata de uma escandalosa mentira”. Segundo Barbosa, na conversa com Cláudio Abreu, que teve Paulo Tadeu como testemunha, ele ( Abreu) queria resolver problemas da Delta no SLU. “Não teve alinhamento. Até porque não é minha área, minha área é Saúde .” A revista ouviu o secretário Paulo Tadeu. “Foi uma conversa republicana. Não houve nenhum acerto”. Tadeu disse que, depois do jantar, se encontrou pelo menos mais uma vez com Cláudio Abreu, mas em nenhuma das conversas o diretor da Delta se queixou de Cláudio Monteiro. No início da semana, Monteiro se afastou do cargo de chefe de gabinete do governador. Ele também nega ter recebido propina.

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