Recife vive dia de chuva, protesto e pancadaria

Polcia Militar de Pernambuco volta a reprimir manifestao de estudantes, no Centro da Cidade, contra aumento de 6,5% das passagens de nibus da RMR, repetindo cenas de violncia registradas na semana passada; um novo protesto est previsto para a prxima quarta-feira

Recife vive dia de chuva, protesto e pancadaria
Recife vive dia de chuva, protesto e pancadaria (Foto: Andréa Rêgo Barros/247)


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Beatriz Braga_PE247 – Infelizmente, o que era esperado aconteceu. O Centro do Recife foi tomado, mais uma vez, por um clima de extrema tensão entre policiais e estudantes, em um novo protesto , na chuvosa manhã desta segunda-feira (23), contra o aumento de 6,5% das passagens de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR). Espreitados pela Rocam e pelo Batalhão de Choque desde as 9h30, hora do início da passeata, os manifestantes foram agredidos com muita violência física, spray de pimenta e bombas de efeito moral. O protesto terminou por volta das 13h30, com a prisão de três manifestantes.

A passeata, organizada pelo Comitê Contra o Aumento da Passagem de Onibus, começou na Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista, em frente ao Ginásio Pernambucano. O grupo, que levava máscaras, bandeiras e flores nas mãos, tentou driblar a presença dos policiais até a primeira vez em que foram coagidos pelas bombas de efeito moral, jogadas pela Rocam, da Ponte Duarte Coelho em direção à Conde da Boa Vista. Os manifestantes não se dispersaram e seguiram a passeata pelo Centro até retornar à avenida, quando foram surpreendidos novamente por uma ação policial, dessa vez mais intensa.

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Um dos manifestantes detido pelo Batalhão de Choque foi o estudante de administração da Universidade Rural de Pernambuco, Bruno Grimalde. “Isso só nos mostra o tipo de polícia que temos,” gritou, com os olhos vermelhos "irritados" pelo spray de pimenta, enquanto era arrastado a um camburão da PM. Grimalde tentou, em vão, explicar que fazia parte de um movimento passivo.

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O estudante de música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Otávio Carvalheira foi agredido no rosto por tentar falar com um policial que jogava spray no rosto de um militante. “Ele me empurrou e, quando eu virei, levei um murro. Meu nariz sangrou muito e estou com dois cortes no nariz”, denunciou.

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Durante a passeata os estudantes questionavam os motoristas e cobradores, perguntando se, assim como as passagens, os salários desses profissionais também haviam aumentado. Além disso, chamaram os passageiros e todos aqueles que estavam parados para também ir às ruas. Em alguns momentos, os moradores dos prédios da Boa Vista, ovacionaram o movimento com chuvas de papel picado jogados pelas janelas.

Com as mãos para o alto, a palavra de ordem dos estudantes era pedir, além da revogação do aumento das passagens, uma resposta do Governo do Estado e da Polícia Militar ao modo de tratar as rebeliões estudantis. O episódio de hoje foi uma repetição da truculência policial de sexta-feira passada. "Os atos vão continuar até que o governo se posicione", afirmou a militante Ingride Farias, de 22 anos.

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Fotos: Andréa Rêgo Barros/247

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Confira outras imagens da manifestação aqui.

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