Quebrado o sigilo do matador do Realengo
Polcia vai rastrear os e-mails de Wellington Meneses; Google ter que prestar informaes a partir de j
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Fernando Porfírio_ 247 – A Polícia quer seguir o rastro virtual do matador da escola de Realengo para descobrir como ele planejou o massacre no colégio Tasso da Silveira, na semana passada. Nesta terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro deu carta branca e autorizou a quebra de sigilo eletrônico de Wellington Menezes de Oliveira.
A decisão da juíza Alessandra de Araújo Bilac, da 42ª Vara Criminal da capital, obriga a Google do Brasil a informar os passos telemáticos do criminoso. A juíza deu prazo de duas horas, a partir da intimação, para que a Google preste as informações, sob pena de crime de desobediência. A investigação vai correr em sigilo.
Segundo a juíza, diante da gravidade dos fatos e do rumo das investigações, "há a necessidade de vasculhar os vestígios virtuais junto à empresa Google do Brasil, para conseguir mais informações sobre Wellington, e quaisquer outras pessoas que tenham participado do fato e os motivos que o levaram a cometê-lo".
Ao deferir o pedido, a magistrada determinou que a remessa das respostas deve ser encaminhada diretamente à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática no prazo de duas horas, a partir do momento em que o Google receber a intimação.
O pedido foi feito pela titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), delegada Helen Sardenberg. A autorização judicial tem o objetivo de rastrear possíveis trocas de e-mails do atirador utilizando conta no serviço gratuito disponibilizado pela empresa como também possíveis contatos em redes sociais, como o Orkut, que pertence ao Google. Com a medida a polícia pretende esclarecer a participação direta ou indireta de outras pessoas no ato criminoso.
O delegado que coordena a investigação acredita que há indícios de que o atirador participava de algum grupo religioso, a partir das citações feitas por ele nos manuscritos encontrados pela polícia em Sepetiba, local no qual o atirador morou nos últimos oito meses. Em alguns trechos, o criminoso menciona os nomes "Abdul" e "Phillip" e diz que "meditava sobre o 11 de setembro" (em referência ao dia do atentado terrorista contra as Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001).
A polícia acha estranho o fato do criminoso ter queimado o próprio computador e deixar mensagem que torna clara sua intenção de proteger supostos "fornecedores". Os técnicos da delegacia especializada trabalham na tentativa de recuperar os dados do disco rígido (HD) da máquina.
Em outra linha de investigação a polícia trabalha com indícios de que o atirador é portador de transtornos mentais. Essa hipótese é seguida pelo delegado Felipe Renato Ettore, da Divisão de Homicídios. O delegado explicou que busca traçar um perfil psicológico do assassino para tentar descobrir as motivações crime.
Ettore confirmou que colheu depoimentos da irmã adotiva e de mais dois primos de Wellington de Menezes Oliveira. A hipótese é que Wellington era esquizofrênico, assim como sua mãe biológica. Porém, como não é possível confirmar o diagnóstico, uma vez que transtornos mentais se confirmam pelo comportamento da pessoa, as investigações contarão com ajuda de médicos peritos.
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