Que Gurgel vale: o da prova tênue ou torrencial?

Um mês atrás, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, falava em evidências “tênues” contra o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Com o desenrolar do julgamento, ele se mostra mais animado e agora fala em provas “torrenciais”, sem que tenha surgido um único fato novo na Ação Penal 470

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247 – O ar sério do presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, contrasta com o riso de Roberto Gurgel, procurador-geral da República. Ao lado, Dias Toffoli se mostra pensativo, enquanto, no fundo, Luiz Fux está também contrito. Apenas Gurgel sorri. Por que motivo?

Aparentemente, o julgamento da Ação Penal caminhou de acordo com as suas melhores expectativas. Em poucas horas, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, deverá ser condenado como “chefe de uma quadrilha”. E a denúncia de Gurgel, antes criticada pela fragilidade de alguns de seus argumentos, está sendo validada, em grande parte, pelo colegiado do STF.

Um mês atrás, Gurgel não sorria com tanta facilidade. Estava tenso, apreensivo. A tal ponto, que confidenciou não existir provas cabais do envolvimento de Dirceu com o que se convencionou chamar de mensalão – o outro nome para  a formação de uma base parlamentar diante do Congresso que aí existe. “Na medida em que sobe a hierarquia na organização criminosa, as provas vão ficando mais e mais tênues. O mandante não aparece”, disse ele, no primeiro dia de setembro (leia mais aqui).

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Decorridos pouco mais de 30 dias, Gurgel tá que tá. Feliz como raras vezes se viu publicamente. Ontem, ele declarou o seguinte: “A prova é mais que abundante, a prova é torrencial em relação ao ex-ministro da Casa Civil”. O que Gurgel chama de torrencial são dois acontecimentos – um encontro com dirigentes do Banco Rural e um emprego de sua ex-mulher no BMG – e uma tese, a do “domínio do fato”. Dirceu sabia porque era impossível que não soubesse.

Mas, de repente, o que era tênue virou torrencial.

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