Quatro mil bueiros podem explodir no Rio

Situao da Light, administrada pela mineira Cemig, catica



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Há risco de explosão em todas as 4 mil câmaras subterrâneas de transformação da Light no Rio de Janeiro - em 1.170 delas, a situação é considerada "mais crítica". De acordo com o Ministério Público do Estado, são áreas de grande concentração urbana, em que existe volume maior de energia nos transformadores e por onde passam tubulações antigas de gás. A concessionária de energia se recusou a divulgar a relação desses locais considerados prioritários, que promete reformar até dezembro. O MP informou apenas que 582 ficam no centro e 588 na zona sul (Copacabana, Ipanema e Leblon).

"Estamos priorizando as mais sensíveis, com risco de explosão de maior impacto", disse o promotor Pedro Rubim. Segundo o MP, a Light alegou que a divulgação da localização de cada um desses bueiros poderia causar pânico e desvalorização de imóveis nos endereços. "Fizemos esse requerimento à Justiça, e a empresa se recusou a informar, sob a alegação de que não queria que a população entrasse em pânico. No momento, está prevalecendo o entendimento de que é melhor não revelar essas informações", acrescentou o promotor Rodrigo Terra.

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Indagado sobre a importância da informação, Terra respondeu com uma pergunta: "E se alguém morrer porque foi criado um caos em volta de um bueiro que informaram que teria chance de explodir?". Em abril, após explosão ocorrida em Copacabana, o presidente da Light, Jerson Kelman, disse que havia pelo menos 130 pontos na cidade sob risco de explosão. Após vistoria realizada com participação de peritos do MP e técnicos do Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ), constatou-se que o número era muito maior. Nenhum dos seis bueiros que explodiram esta semana em intervalo de 24 horas (em Copacabana e no centro) consta da relação citada por Kelman.

Hoje, a Light fechou um acordo com o MP. Sob ameaça de ter de pagar multa de até R$ 1 milhão por cada nova explosão, a empresa assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se com prazos para reformas e com o pagamento de R$ 100 mil para cada bueiro que explodir, desde que haja dano patrimonial, lesão corporal ou morte.

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