PT deve manter apoio ao tesoureiro Vaccari
Apesar de estar incluído na lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal na operação Lava Jato, o secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto deverá permanecer no cargo; interlocutores da cúpula petista informam que a postura do partido será a de manter Vaccari no cargo, sob o argumento de que não haverá pré-julgamento de nenhum dos envolvidos; a posição, entretanto, não é consenso no partido; há quem aponte que o nome do tesoureiro na Lista de Janot gere constrangimento à legenda e ao governo da presidente Dilma Rousseff; apesar da 'condenação antecipada' de Vaccari na grande imprensa, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse em depoimento à CPI da Petrobras que não pode afirmar que João Vaccari Neto recebeu dinheiro da Lava Jato
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247 - A menos que tome a decisão pessoal de pedir sua saída, o secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, permanecerá no cargo. Apesar das citações de Vaccari em delações da operação Lava Jato, que o acusam de receber propina para o partido em contratos da Petrobras, as justificativas apresentadas por ele à cúpula petistas foram consideradas suficientes para descartar seu afastamento. O PT sustenta ainda que os recursos repassados ao partido ocorreram dentro da legalidade e que foram declarados à Justiça Eleitoral.
Nessa terça-feira, 10, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse em depoimento à CPI da Petrobras, na Câmara, que não pode afirmar que João Vaccari Neto recebeu dinheiro ilícito da Petrobras. "Não sei se o Vaccari recebeu, se foi doação legal, se foi no exterior, se foi em dinheiro", disse Barusco (leia mais). O ex-gerente da estatal, que teve R$ 182 milhões em contas na Suíça, oriundos de propinas da Petrobras, repatriados pela Justiça, está sendo processado pelo PT por fazer acusações sem provas.
Desde que teve seu nome incluído lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal, cresceram nos bastidores as manifestações de líderes petistas em favor do afastamento de João Vaccari Neto. Em geral, os colegas de partido do secretário de Finanças se queixam do constrangimento cada vez maior imposto à legenda e ao governo da presidente Dilma Rousseff.
Há a expectativa de que o assunto apareça na próxima reunião da executiva nacional do partido, cuja previsão inicial é que ocorra na próxima semana. Até lá, ao menos até segunda ordem, dirigentes petistas pretendem insistir na postura adotada até agora: bancar a permanência de Vaccari no cargo, sob o argumento de que não haverá pré-julgamento de nenhum dos envolvidos.
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