Protesto anti-Dilma é menor, mas mostra força

Manifestações deste domingo, em várias capitais do País, são menores do que as ocorridas em março deste ano, mas reuniram dezenas de milhares de pessoas; manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato; os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana; seu governo se reaproximou do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina

Manifestações deste domingo, em várias capitais do País, são menores do que as ocorridas em março deste ano, mas reuniram dezenas de milhares de pessoas; manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato; os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana; seu governo se reaproximou do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina
Manifestações deste domingo, em várias capitais do País, são menores do que as ocorridas em março deste ano, mas reuniram dezenas de milhares de pessoas; manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato; os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana; seu governo se reaproximou do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina (Foto: Leonardo Attuch)


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SÃO PAULO (Reuters) - Dezenas de milhares de pessoas protestavam nas ruas de várias cidades do país neste domingo pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff e com palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras.

A terceira manifestação nacional contra o governo Dilma neste ano, após protestos similares em março e abril, acontece depois de uma semana em que a presidente ganhou fôlego político, com decisões favoráveis a ela no Judiciário e uma reaproximação com o Senado, especialmente o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Entretanto, os manifestantes que foram às ruas neste domingo não pareciam dispostos a dar trégua à presidente. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília destacavam-se enormes faixas verdes e amarela com os dizeres "Impeachment Já" em preto.

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Os manifestantes não pouparam também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja popularidade chegou à casa dos 80 por cento no período em que comandou o país. Na capital federal, um enorme boneco inflável fazia referência a um Lula vestido de presidiário em meio aos 25 mil manifestantes estimados pela Polícia Militar.

Vestidos com camisas da seleção brasileira e de verde e amarelo, os manifestantes aproveitaram o dia de sol em várias cidades do país e, no Rio de Janeiro, tomaram a orla de Copacabana com gritos de "Fora PT" e elogios a Moro.

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"A corrupção no Brasil chegou ao limite do limite, e esse governo desonra os brasileiros dignos", disse o advogado Carlos Andrade, que foi a Copacabana acompanhado da família.

Em Belo Horizonte, os manifestantes contrários à presidente se reuniram na Praça da Liberdade e o protestos na capital mineira contou com a presença do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado por Dilma na eleição do ano passado. O tucano teve o nome gritado por um grupo de manifestantes ao chegar para o protesto.

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Em São Paulo, os participantes da manifestação se reuniam no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Em um contraponto aos protestos anti-PT, militantes do partido e sindicalistas se reuniam em frente à sede do Instituto Lula, na zona sul da cidade, com bandeiras do PT e cartazes de defesa da democracia.

Os protestos também aconteciam em capitais como Belém, Maceió e Salvador, além de cidades do interior do país. Em Jundiaí, a 60 quilômetros de São Paulo, numa das avenidas mais movimentadas da cidade, um caminhão de som tocava músicas contra o governo Dilma e com muitas palavras de ordem também contra Lula.

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Segundo pesquisa Datafolha, 71 por cento dos entrevistados para a sondagem consideram o governo Dilma ruim ou péssimo e 66 por cento são favoráveis ao impeachment e, diante desse cenário, Dilma decidiu ficar em Brasília no fim de semana para acompanhar as manifestações com ministros do núcleo de coordenação política.

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A presidente pode designar um de seus auxiliares diretos para fazer uma avaliação oficial dos protestos, informaram duas fontes do governo.

Os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana. Seu governo se reaproximou de Renan e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina.

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Também colaborou para dar um certo fôlego à gestão petista as decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Judiciário.

O TCU deu prazo de mais 15 dias para o governo dar explicações sobre suas contas do ano passado, em análise no órgão; do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar que as contas do governo sejam avaliadas em sessão conjunta do Congresso; e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que adiou a decisão sobre a continuidade de um processo que pede a cassação de Dilma.

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Integrantes do governo, políticos e analistas, no entanto, têm adotado postura cautelosa em relação a esse fôlego conseguido por Dilma. Isso por conta das manifestações e das investigações da Lava Jato, apontadas como imprevisíveis e classificadas de "fio desencapado" por um importante parlamentar da base aliada.

Paralelamente, Dilma tem afirmado em discursos e entrevistas que não renunciará ao cargo e tem ainda pregado o respeito à democracia e ao resultado das eleições.

(Por Eduardo Simões)

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