Prestes a se tornar inelegível, Bolsonaro se prepara para culpar Biden por derrota para Lula
"Alguns militares e civis, autoridades obviamente, que contribuíram - a palavra mais certa seria interferiram - com ações por ocasião das eleições não favoráveis a mim”, disse

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247 - Em meio ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá torná-lo inelegível, Jair Bolsonaro (PL) se prepara para afirmar que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, interferiu na eleição presidencial do Brasil para prejudicá-lo.
“Governo americano, Joe Biden, estamos analisando. Matéria consistente, acredito que tenha fundamento. Citando, inclusive, alguns militares e alguns civis, autoridades obviamente, que contribuíram —a palavra mais certa seria interferiram— com ações por ocasião das eleições não favoráveis a mim”, disse Bolsonaro, segundo a coluna do jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles.
A declaração de Bolsonaro faz referência a uma reportagem publicada esta semana pelo jornal britânico Financial Times que afirma que o governo Biden teria atuado “discretamente” para garantir a integridade do processo eleitoral brasileiro durante as eleições presidenciais de 2022, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A reportagem, porém, não atesta que Biden tenha interferido no pleito em favor de um outro candidato, mas destaca que membros do alto escalão do governo agiram para evitar que Bolsonaro e seus aliados viessem a tentar um golpe de estado visando reverter o resultado das urnas em caso de derrota. “A ação teria se concentrado na garantia de que o resultado da eleição fosse respeitado”, ressalta Noblat.
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados questionaram a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantaram dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral brasileiro, sem apresentarem provas de quaisquer irregularidades no sistema de votação.
A atitude do ex-mandatário e seus apoiadores foi semelhante à postura adotada pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump nas eleições de 2020, que resultou na invasão do Capitólio, em Washington, em janeiro de 2021, em meio a diversas tentativas frustradas de reverter o resultado do pleito.
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