Prestes a perder os direitos políticos, Bolsonaro diz que esquerda quer vencer as eleições presidenciais de 2026 por WO

"A esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente, W.O. aparentemente", afirmou

Plenário do TSE e Jair Bolsonaro
Plenário do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)


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BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) – O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quinta-feira que considera o julgamento que enfrenta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um processo político, no qual a esquerda estaria buscando disputar a eleição de 2026 "sem concorrente" para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "por aclamação".

"A esquerda quer permanecer em 2026 sem concorrente, W.O. aparentemente", disse Bolsonaro antes de o TSE iniciar o terceiro dia do julgamento, ao acrescentar que, "sem concorrente à altura, seria eleger o Lula por aclamação".

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As declarações de Bolsonaro, que disse que não iria acompanhar a sessão desta quinta do julgamento, ocorreram pouco antes de ele embarcar de Brasília em um voo para o Rio de Janeiro.

O ex-presidente repetiu que não cometeu qualquer tipo de crime ao promover a reunião e pediu novamente um julgamento justo. Disse esperar que o ministro Nunes Marques, indicado por ele para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que integra o TSE, julgue de forma isenta.

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"Tenho certeza que ele vai ser isento e fará o que for possível para dizer que não cometi nenhum crime na reunião com embaixadores", afirmou. "É uma injustiça comigo, me aponte algo concreto que fiz contra a democracia, joguei dentro das quatro linhas."

O TSE realizou nesta quinta o segundo dia do julgamento que pode retirar de Bolsonaro o direito de concorrer a cargos eletivos até 2030, em ação apresentada pelo PDT que alega abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pelo então presidente da República ter promovido, em julho de 2022, uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada para atacar o sistema eletrônico de votação.

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A corte eleitoral suspendeu o julgamento quando o placar estava em 3 votos a 1 pela inelegibilidade de Bolsonaro. Nunes Marques ainda não votou. Até o momento, apenas o ministro Raul Araújo votou para absolver o ex-presidente.

A análise do caso será retomada na sexta-feira com o voto da vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, que pode ser decisivo para formar maioria de 4 votos.

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CABO ELEITORAL – Mais tarde, já no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que se estiver fora do jogo, será um bom cabo eleitoral para as próximas eleições.

Mas ao ser questionado se eventualmente poderia apoiar a candidatura da mulher, Michelle, ou do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse apenas que haveria “bons nomes“ para a disputa.

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“Enquanto vivo eu for quero colaborar com o meu país“, disse. “Se eu estiver fora do jogo político, vou ser talvez um bom cabo eleitoral e tem vários bons nomes por aí.“

Bolsonaro disse ainda que segue temendo por sua vida e que esse risco aumenta quando se “torna um potencial decisor na política de seu país“.

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Em Brasília, havia destacado seu desejo de disputar as eleições de 2026.

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