Preso ex-delegado da divisão Anti-Sequestros no DF

João Kleiber Esper foi preso por prevaricação e ocultação de documento no caso Renan Calheiros; delegado foi demitido há três meses e recebe aposentadoria da Polícia Civil; João Kleiber foi transferido para a Papuda nesta manhã

Preso ex-delegado da divisão Anti-Sequestros no DF
Preso ex-delegado da divisão Anti-Sequestros no DF (Foto: Divulgação)


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Brasília 247 - O delegado aposentado João Kleiber Esper mudou de lado na delegacia. Condenado por prevaricação e ocultação de documentos, o delegado foi preso na noite desta segunda-feira 18 quando voltava dos Estados Unidos. A pena é de três anos e seis meses de prisão, porém poderá ser cumprida em regime semiaberto.

O crime aconteceu em 2007, quando João Kleiber escondeu por sete meses um depoimento fundamental no processo contra Renan Calheiros.

Joao Kleiber se aposentou em janeiro e foi demitido pelo governador Agnelo Queiroz em março. Para cortar o vínculo com a Polícia Civil e tenha a aposentadoria cassada, o governador tem que realizar um outro ato.

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Confira maiores detalhes do caso na matéria da jornalista Ana Maria Campos, do Correio Braziliense:

Foi preso ontem (18) quando voltava de uma viagem aos Estados Unidos o delegado aposentado da Polícia Civil do DF João Kleiber Esper, condenado pelos crimes de prevaricação e ocultação de documento ao omitir depoimento que prejudicaria o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

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O delegado passou a noite no Departamento de Polícia Especializado (DPE) e foi transferido nesta manhã (19) para a Papuda, onde vai cumprir as penas impostas pela 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF: três anos e seis meses por prevaricação (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício) e seis meses por ocultação de documento.

A condenação já transitou em julgado, mas João Kleiber não vinha cumprindo a pena. A pedido do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) do Ministério Público do DF, João Kleiber foi recolhido à prisão.

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As condenações se referem a falhas cometidas durante o depoimento do advogado Bruno de Miranda Ribeiro contra Renan Calheiros. Bruno acusou o ex-genro, o empresário Luiz Carlos Garcia, de montar esquema de arrecadação de dinheiro para Renan nos ministérios chefiados pelo PMDB. O depoimento ficou sete meses parado na mesa do delegado João Kleiber, então chefe da 30ª Delegacia de Polícia (DP), em São Sebastião.

O caso veio à tona em 2007, no auge do escândalo em que Renan, então presidente do Senado, foi acusado de receber dinheiro da Odebrecht para pagar pensão para a filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Acusado de quebra de decoro, Renan escapou da cassação no plenário do Senado.

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Ex-diretor da Divisão Anti-Sequestros da Polícia Civil do DF, o delegado João Kleiber vai cumprir regime semiaberto, o que significa que ficará preso, mas poderá obter benefícios como trabalho externo desde que autorizados pela Vara de Execuções Penais.

A prisão foi realizada por policiais da Divisão de Investigação da Corregedoria da Polícia Civil do DF, com apoio da Polícia Federal (PF). Para evitar uma fuga, até a Interpol foi acionada, segundo informou ao blog um dos responsáveis pela prisão. 

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