Presidente da Transpetro deixa o cargo

Um dos citados pelos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Sergio Machado pediu licença da presidência da subsidiária de transporte e logística da Petrobras por 31 dias; saída imediata de Machado foi condição imposta pela consultoria Pricewaterhouse para auditar o balanço da estatal e teria sido discutida em uma reunião turbulenta do conselho de administração da Petrobras na sexta-feira; a contratação de duas empresas independentes para acompanhar as investigações na petroleira também teria sido exigência da Price

Um dos citados pelos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Sergio Machado pediu licença da presidência da subsidiária de transporte e logística da Petrobras por 31 dias; saída imediata de Machado foi condição imposta pela consultoria Pricewaterhouse para auditar o balanço da estatal e teria sido discutida em uma reunião turbulenta do conselho de administração da Petrobras na sexta-feira; a contratação de duas empresas independentes para acompanhar as investigações na petroleira também teria sido exigência da Price
Um dos citados pelos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Sergio Machado pediu licença da presidência da subsidiária de transporte e logística da Petrobras por 31 dias; saída imediata de Machado foi condição imposta pela consultoria Pricewaterhouse para auditar o balanço da estatal e teria sido discutida em uma reunião turbulenta do conselho de administração da Petrobras na sexta-feira; a contratação de duas empresas independentes para acompanhar as investigações na petroleira também teria sido exigência da Price (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Um dos citados como beneficiários do esquema de propina na Petrobras, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, pediu afastamento do cargo nesta segunda-feira (3). Inicialmente, o pedido é de licença por 31 dias, informou reportagem da Folha de S. Paulo nesta tarde.

A saída imediata de Machado da subsidiária de transporte e logística da estatal teria sido uma exigência da consultoria Pricewaterhouse para que ela continuasse a auditar o balanço na Petrobras.

A exigência foi discutida em uma reunião turbulenta do conselho de administração da Petrobras na última sexta-feira, de acordo com o Broadcast, da Agência Estado. 

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A contratação de duas empresas independentes para acompanhar as investigações de esquema de propina investigado na Petrobras também foi exigência da Price - já atendida pela companhia (leia mais).

O ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa contou à polícia, em acordo de delação premiada, ter recebido R$ 500 mil do presidente da Transpetro, em referência a uma licitação de navios da empresa.

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Machado foi senador pelo PMDB do Ceará e ocupa a presidência da empresa desde 2003, por indicação do PMDB. A presidente Dilma Rousseff chegou a cogitar demiti-lo (leia aqui), o que acabou não ocorrendo.

Abaixo notícia da Agência Brasil:

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Presidente da Transpetro pede afastamento do cargo para facilitar auditoria

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

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O presidente da Transpetro, Sergio Machado, pediu afastamento do cargo, pelos próximos 31 dias, com objetivo de facilitar auditoria interna na Petrobras, feita pela empresa PriceWaterhouseCoopers (PwC). Machado foi citado na investigação da Operação Lava Jato, pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, como beneficiário do esquema que fraudava contratos com a empresa.

Em nota assinada e distribuída no fim da tarde de hoje (3) à imprensa, Machado diz não ser réu em qualquer ação penal, elenca os bons resultados de sua gestão no comando da estatal - subsidiária de transporte e logística da Petrobras - e refuta as declarações de Costa.

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“Tenho muito orgulho do trabalho que desenvolvi nos últimos 11 anos e quatro meses na presidência da Transpetro. Nesse período, a empresa obteve resultados notáveis – e passou sem problemas pelo crivo de inúmeras fiscalizações internas e externas. (…) Além de não responder a nenhum processo no TCU [Tribunal de Contas da União], não sou réu em nenhuma ação penal e não tenho contra mim nenhuma ação de improbidade admitida pela Justiça. Ao longo de mais de 30 anos de vida pública, jamais fui processado em decorrência de meus atos.”

Machado citou os resultados operacionais e financeiros positivos da Transpetro ao longo de sua gestão. “Entre 2003 e 2013, o faturamento aumentou em média 13,5% ao ano e o Ebitda, um importante indicador financeiro, teve crescimento médio de 15,1% ao ano. Se analisado apenas o ano de 2013, os dados são igualmente expressivos: em relação a 2012, o faturamento cresceu 12% e o lucro líquido aumentou 30,1%.”

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Quanto as acusações de Costa contra ele, feitas em regime de delação premiada à Polícia Federal, o presidente da estatal as classificou de caluniosas. “Reafirmo: tenho muito orgulho de minha gestão na Transpetro. E acrescento: nada devo nem temo em relação à minha trajetória. Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido vítima nas últimas semanas de imputações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. A acusação é francamente leviana e absurda, mas mesmo assim serviu para que a auditoria externa PwC apresentasse questionamento perante o Comitê de Auditoria do Conselho de Administração da Petrobras.”

Ao fim da nota, Machado diz que seu afastamento é temporário. “Embora o Conselho de Administração tenha adiado qualquer deliberação sobre tal questionamento, decido de forma espontânea requerer licença sem vencimento pelos próximos 31 dias. Tomo a iniciativa de afastar-me temporariamente para que sejam feitos, de forma indiscutível, todos os esclarecimentos necessários. Trata-se de um gesto de quem não teme investigações. Pretendo com isso, também, evitar eventuais atrasos na divulgação do balancete do terceiro trimestre da Petrobras. Estou certo do pleno rigor e lisura de minha gestão na Transpetro, e tranquilo quanto ao curso das investigações. Tenho todo o interesse de que tudo seja averiguado rapidamente.”

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