PML: no TSE, Gilmar defende censura e BC de Marina
Doze anos depois de o tribunal ter liberado o "medo" de Regina Duarte sobre um eventual governo Lula, rejeitando pedido do PT, retoma o debate sobre censura, observa Paulo Moreira Leite, em nova coluna no 247; decisão sobre pedido de Marina Silva (PSB), que quer direito de resposta e suspensão da propaganda petista que critica sua proposta de independência do Banco Central, recebeu voto favorável de Gilmar Mendes nas duas questões; "É sintomático que, em 2002, quando se tratava de atender um pedido que, mesmo errado, poderia trazer benefícios ao PT, o TSE tenha agido de uma forma", diz PML, ressaltando que a proibição se baseia no Código Eleitoral da ditadura militar
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247 – "Dois pesos, duas campanhas". É como Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, intitula sua nova coluna sobre o julgamento no TSE do pedido de Marina Silva (PSB) de direito de resposta e suspensão de propaganda do PT que critica sua proposta de independência do Banco Central. O debate começou ontem no Tribunal Superior Eleitoral e prossegue na semana que vem. Mas já recebeu voto favorável às duas questões por parte do ministro Gilmar Mendes, que ainda defendeu a independência do BC em plenário.
O jornalista compara o caso atual com um de doze anos atrás, quando o PT pediu à mesma corte que retirasse do ar uma propaganda do PSDB anti-Lula, que trazia um depoimento da atriz Regina Duarte dizendo que "tinha medo" de um eventual governo do ex-sindicalista. À época, recorda PML, o ministro Gerardo Grossi, que relatou o pedido dos petistas, lembrou os direitos do eleitor, dizendo que caberia a ele "concordar ou não com tais previsões e análises", e assim dando uma "lição de democracia" ao rejeitar a solicitação.
"É curioso que, doze anos depois, o mesmo tribunal retorne ao assunto. Mas é sintomático que, em 2002, quando se tratava de atender um pedido que, mesmo errado, poderia trazer benefícios ao PT, o TSE tenha agido de uma forma. Doze anos depois, quando debate-se uma decisão em que o mesmo partido pode ser prejudicado, as belíssimas palavras de Grossi podem ser esquecidas. Deve ser coincidência, né?", questiona o colunista.
Leia a íntegra em Dois pesos, duas campanhas
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