Plano de Cavendish na CPI é culpar Cláudio Abreu

Caso não obtenha o direito de ficar calado, dono da Delta terá como estratégia direcionar as acusações contra a empreiteira para o ex-diretor do Centro-Oeste, afastado em março da companhia; discurso não esclareceria, no entanto, relações da empresa em Estados fora da região

Plano de Cavendish na CPI é culpar Cláudio Abreu
Plano de Cavendish na CPI é culpar Cláudio Abreu (Foto: Edição/247)


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247 – Os advogados do dono da Delta, Fernando Cavendish, já definiram uma estratégia para o empreteiro, que terá de depor à CPI do Cachoeira em agosto. A linha a ser tomada será a de colocar toda a culpa dos relacionamentos da empresa no ex-diretor da região Centro-Oeste, Cláudia Abreu, afastado em março após as acusações contra ele virem à tona. A Delta é acusada pela Polícia Federal de manter relacionamentos com o grupo de Carlos Cachoeira e é também a maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos.

O primeiro passo da defesa, no entanto, é recorrer ao Supremo Tribunal Federal para que Cavendish obtenha um habeas corpus que lhe dê o direito de permanecer calado na comissão do Congresso, como fizeram os advogados de praticamente todos os outros depoentes. A estratégia seria colocada em prática apenas se o empresário não saísse vitorioso. O problema para Cavendish, nesse caso, é que Abreu comandava apenas a região Centro-Oeste, alvo do maior número de denúncias da PF por relações com o governo de Goiás. Seu discurso não esclareceria, portanto, as relações que a companhia teve em Tocantins e Rio de Janeiro, por exemplo.

Quando compareceu à CPI no dia 30 de maio, Cláudio Abreu usou de seu direito de permanecer calado. Na CPI que acontece na Assembleia Legislativa de Goiás, que investiga especialmente a Delta, ele teve a mesma atitude, tendo respondio apenas a uma pergunta, sobre sua mãe, que teria ocupado cargo no gabinete de uma ex-deputada estadual. O diretor afastado da Delta Construções foi preso em 25 de abril pela PF, durante a operação Saint-Michel. Ele foi libertado da penitenciária da Papuda, em Brasília, em 8 de junho por decisão da juíza da 5ª Vara Criminal de Brasília, que revogou a prisão preventiva.

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