Pizzolato recorre na Justiça italiana para evitar extradição

Os advogados do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, entraram nesta quarta-feira 6 com uma liminar para tentar impedir a extradição do ex-executivo da Itália para o Brasil; no pedido entregue ao Tribunal Administrativo de Roma, os advogados alegam que ele estaria disposto a cumprir a pena na Itália; anteriormente, a defesa alegava que ele era inocente das acusações

07.12.2005 - Ailton de Freitas - PA - O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, durante depoimento na CPI dos Correios.
07.12.2005 - Ailton de Freitas - PA - O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, durante depoimento na CPI dos Correios. (Foto: Paulo Emílio)


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247 - Os advogados do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o chamado escândalo do mensalão, entraram, nesta quarta-feira (6), com uma liminar para tentar impedir a extradição do ex-executivo da Itália para o Brasil. No pedido entregue ao Tribunal Administrativo de Roma, os advogados alegam que ele estaria disposto a cumprir a pena na Itália. Anteriormente, a defesa alegava que ele era inocente das acusações.

O recurso se baseia em um tratado assinado em 2014 pelos dois países e que foi transformado em lei pela Itália onde um italiano que tenha cometido crimes no Brasil possa cumprir sua pena naquele país e vice-versa. O advogado italiano Alessandro Sivelli alega que o governo italiano não seguiu a legislação ao permitir a extradição de Pizzolato, que possui dupla nacionalidade.

Já os procuradores brasileiros afirmam que a lei precisa ser aprovada pelo Senado brasileiro e então ser publicada no Diário Oficial da União para entrarem vigor. Desta forma, o tratado não teria validade, embora já esteja assinado. Até o recurso ser julgado, a Justiça brasileira não poderá trazer Pizzolato de volta ao país.

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O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva. Pouco antes da sua prisão ele fugiu para a Itália.

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