PGR pede que condenação de Cunha por lavagem seja mantida

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que ficou comprovado que o ex-deputado João Paulo Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido por Marcos Valério ao enviar a mulher para sacar a quantia; petista foi acusado de ter recebido R$ 50 mil do publicitário; sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores dos condenados - além de João Paulo Cunha, João Claudio Genu e Breno Fischberg - e Janot; votação ficou para o dia 13 de março

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que ficou comprovado que o ex-deputado João Paulo Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido por Marcos Valério ao enviar a mulher para sacar a quantia; petista foi acusado de ter recebido R$ 50 mil do publicitário; sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores dos condenados - além de João Paulo Cunha, João Claudio Genu e Breno Fischberg - e Janot; votação ficou para o dia 13 de março
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, diz que ficou comprovado que o ex-deputado João Paulo Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido por Marcos Valério ao enviar a mulher para sacar a quantia; petista foi acusado de ter recebido R$ 50 mil do publicitário; sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores dos condenados - além de João Paulo Cunha, João Claudio Genu e Breno Fischberg - e Janot; votação ficou para o dia 13 de março (Foto: Gisele Federicce)


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André Richter, da Agência Brasil - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu hoje (27) que a condenação do ex-deputado João Paulo Cunha a três anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro seja mantida. Após a argumentação de Janot, a sessão foi encerrada e os votos dos ministros serão proferidos na sessão do dia 13 de março.

João Paulo Cunha foi condenado a três anos de prisão por lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 50 mil reais, que foram liberados pelo publicitário Marcos Valério e pagos em uma agência do Banco Rural de Brasília, em 2003. Na época, o ex-deputado ocupava a presidência da Câmara dos Deputados e enviou a mulher para sacar o dinheiro.

Segundo Janot, ficou comprovado que Cunha dissimulou a origem do dinheiro recebido pelo publicitário Marcos Valério ao enviar a mulher para sacar a quantia. Para o procurador, mesmo se Cunha tivesse sacado o dinheiro pessoalmente, estaria configurada a lavagem, pois o esquema de pagamento consolidado pelo núcleo financeiro, comandado pelo publicitário Marcos Valério, impedia a atuação de órgãos de fiscalização, como o Banco Central.

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Cunha está preso no Presídio da Papuda, no Distrito Federal, e cumpre seis anos e quatro meses em função das condenações por corrupção e peculato, penas para as quais não cabem mais recursos. Se o recurso na pena de lavagem for rejeitado, a pena de João Paulo será acrescida de mais três anos e ele passará para o regime fechado, pelo fato de a condenação ser superior a oito anos de prisão.

O plenário julga novamente a pena de lavagem porque o ex-parlamentar obteve cinco votos pela absolvição na fase de fixação das penas, em 2012. Os recursos são chamados de embargos infringentes.

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Janot também pediu as condenações de João Claudio Genu, ex-assessor do PP, e Breno Fischberg, ex-sócio da corretora de valores Bonus Banval. Eles foram condenados a penas alternativas, mas pretendem garantir a absolvição para não cumprir as condenações.

Decisão sobre lavagem de dinheiro fica para 13 de março

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Luciano Nascimento – Após a decisão que absolveu do crime de formação de quadrilha oito condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a julgar, na tarde desta quinta-feira (27), os embargos infringentes que questionam a condenação do ex-deputado João Paulo Cunha, do ex-assessor do PP João Claudio Genu e do ex-sócio da corretora Bonus Banval Breno Fischberg pelo crime de lavagem de dinheiro.

Por decisão do plenário, a sessão foi destinada a ouvir apenas os defensores dos condenados e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com isso, o desfecho do julgamento ficou para o dia 13 de março, quando o Supremo vai decidir se os três tinham conhecimento dos crimes antecedentes à lavagem de dinheiro, ou seja, de que o dinheiro era oriundo de irregularidades.

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Os advogados pediram a absolvição dos clientes. Pierpaolo Bottini, defensor de João Paulo, foi o primeiro a falar. Ele tratou do episódio em que a esposa de Cunha, Márcia Regina, foi encarregada pelo então deputado de sacar R$ 50 mil em espécie no Banco Rural. Foi esse episódio que levou João Paulo a ser condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Na argumentação do advogado, o então deputado não sabia da origem criminosa dos recursos.

"Não parece aqui que exista ocultação, que exista dissimulação. A esposa foi ao banco durante o dia, pegou os R$ 50 mil e assinou um recibo", disse Bottini.

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Genu foi um '"mero intermediário" dos verdadeiros beneficiários do crime e também não tinha ciência da origem dos recursos recebidos, ressaltou o advogado que o defende, , Maurício Maranhão.

O advogado de Fischberg, Antonio Sérgio Pitombo, também argumentou que o sócio da corretora Bônus-Banval não cometeu crime de lavagem de dinheiro.

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Se o Supremo acatar os embargos cujo julgamento teve início hoje, João Paulo, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, terá a pena total diminuída de nove anos e quatro meses, em regime fechado, para seis anos e quatro meses e poderá cumprí-la em regime semiaberto.

Genu e Fischberg, que foram condenados, respectivamente, a quatro anos e três e seis meses, em regime aberto, serão absolvidos do crime de lavagem de dinheiro caso sejam acatados os embargos infringentes.

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