PF investiga Odebrecht em inquérito à parte
Empreiteira de Marcelo Odebrecht, que é a maior do País, com receita de R$ 97 bilhões e pagou uma propina de US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, está sendo investigada em um inquérito separado; a empresa, no entanto, conta com uma vantagem em relação aos seus concorrentes; o caso está no Rio de Janeiro, e não no Paraná, nas mãos do juiz Sergio Moro; segundo a empresa, o inquérito surgiu "a partir de notícias da imprensa e de uma ação que já tramita no Rio de Janeiro, que é o juízo competente para o caso"; em sua delação, Costa disse ter recebido US$ 23 milhões na Suíça apenas para não atrapalhar negócios da Odebrecht; propina é a maior da Lava Jato
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247 - A Odebrecht, maior empreiteira do País, presidida por Marcelo Odebrecht e com receita de R$ 97 bilhões, é alvo de um inquérito separado da Polícia Federal.
Em sua delação premiada, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, confessou ter recebido uma propina de US$ 23 milhões da empreiteira e se propôs a devolver os recursos – o que lhe deu direito a diversos benefícios, como a saída da prisão e o uso de uma tornezeleira eletrônica.
Embora tenha pago a maior propina, a empresa de Marcelo Odebrecht tem uma vantagem em relação a seus concorrentes. Segundo reportagem de Aguirre Talento, Gabriel Mascarenhas e Rubens Valente (leia aqui), seu caso foi desmembrado e não está nas mãos do juiz Sergio Moro, no Paraná.
A própria empresa afirma que o inquérito surgiu "a partir de notícias da imprensa e de uma ação que já tramita no Rio de Janeiro, que é o juízo competente para o caso".
Outras empresas questionaram a jurisdição do caso, mas apenas a Odebrecht saiu da Justiça Federal do Paraná. A empreiteira, embora tenha pago a maior propina descoberta na Operação Lava Jato, não foi incluída no rol das empresas "inidôneas" por um procurador junto ao Tribunal de Contas da União.
O executivo citado por Paulo Roberto Costa como seu contato na Odebrecht seria Marcio Faria, que teria repassado ao ex-diretor "recursos ilícitos".
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