PF investiga mais empresas de fachada de Youssef
A Polícia Federal apreendeu novos documentos que ligam empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato a outras empresas de fachada e negócios intermediados por Alberto Youssef e pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), falecido em 2010; na residência de Carlos Alberto Pereira da Costa, um dos laranjas usados pelo doleiro, foram apreendidas neste mês duas notas de pagamentos feitos pela Galvão Engenharia para a CSA Project Finance, em 2008, no valor de R$ 242,6 mil cada uma, a título de consultoria; a Galvão pagou também cerca de R$ 280 mil a Realty Finance, outra empresa suspeita de existir apenas no papel
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247 - A Polícia Federal apreendeu novos documentos que ligam empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato a outras empresas de fachada e negócios intermediados por Alberto Youssef e pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), falecido em 2010, que usou o doleiro para montar o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Na residência de Carlos Alberto Pereira da Costa, um dos laranjas usados pelo doleiro, foram apreendidas em diligência realizada este mês duas notas de pagamentos feitos pela Galvão Engenharia para a CSA Project Finance, em 2008, no valor de R$ 242.620,00 cada uma, a título de consultoria. A Galvão pagou também cerca de R$ 280 mil a Realty Finance, outra empresa suspeita de existir apenas no papel.
A CSA estava em nome de Costa e de Rubens de Andrade Filho. Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, o próprio Costa afirmou que a empresa era de Janene e que tinha ainda como sócio oculto Cláudio Mente. Janene e Youssef usariam CSA para lavar dinheiro de propina, aplicando em negócios do setor termelétrico. Também está sendo investigado se a CSA também foi usada para desviar dinheiro de fundos de pensão.
No ramo de termelétricas, o investimento da CSA Project Finance foi feito na CTSUl. A PF apreendeu notas e recibos relacionados ao negócio. A empresa pagou R$ 417 mil por serviços de engenharia prestados pela CNEC Engenharia, na época pertencente à Camargo Corrêa, para o projeto da termelétrica, em 2008. Repassou ainda pelo menos R$ 1,380 milhão às empresas Empresa Brasileira de Mineração (EBM) e DMC Desenvolvimento, as primeiras donas da usina. Outros R$ 1,3 milhões foram pagos a uma empresa de projetos ambientais de Curitiba, a título de "serviços de avaliação ambiental" para o projeto da CTSul.
Outro negócio da CSA foi investir na Indústria Metais do Vale (IMV), em Barra Mansa, que teria resultado em prejuízo ao fundo de pensão da Petrobras, o Petros. Costa afirmou que o investimento na IMV foi de R$ 13 milhões e foi paga propina de R$ 500 mil a Humberto Pires Grault, na época gerente de novos negócios do Petros. Para acobertar a propina, teriam sido emitidas notas frias da empresa Betumarco. Grault já negou a acusação e afirmou que o investimento da IMV teve amparo técnico e foi decidido pela diretoria do fundo.
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