PF descobre indícios de crimes contra administração em joias de Bolsonaro

Corregedoria-Geral da PF determinou a abertura de um inquérito. Os indícios sugerem a possibilidade de crimes contra a administração pública, em detrimento da União

(Foto: ABR | Reprodução)


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247 — A Polícia Federal descobriu indícios de crimes contra a administração pública relacionados às joias presenteadas pela Arábia Saudita para o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle, que foram trazidas ao Brasil por membros do Ministério de Minas e Energia, informo Aguirre Talento, no Uol.

A Corregedoria-Geral da PF emitiu um despacho em Brasília determinando a abertura de um inquérito, visto que os indícios iniciais sugerem a possibilidade da prática de crimes contra a administração pública, em detrimento da União.

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Em resposta ao pedido de investigação feito pelo ministro Flávio Dino, o despacho da Corregedoria-Geral, proferido na última segunda-feira (6), destaca:

“Os indícios iniciais permitem-nos concluir pela necessidade de uma melhor apuração, conforme determinado pelo Exmo. Ministro da Justiça, mormente por existir a possibilidade da prática de eventuais crimes contra a administração pública, cometidos em detrimento de bens, interesse ou serviço da União, nos termo do art. 144, § 1º da Constituição Federal”.

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A avaliação da Corregedoria-Geral também destaca que há dois conjuntos de joias envolvidos, sendo que um deles, composto por um colar de diamantes, brincos e um relógio feminino, foi apreendido em outubro de 2021 com um assessor do ministro das Minas e Energia. Esse conjunto de joias foi avaliado pela Receita Federal em R$ 16,5 milhões. O segundo conjunto de joias, um relógio masculino, caneta e abotoaduras, entrou no Brasil na bagagem do ex-ministro Bento Albuquerque.

A investigação da PF abordará inicialmente crimes de descaminho e advocacia administrativa, mas poderá ser expandida para outros delitos. A suspeita é que os funcionários da comitiva do Ministério de Minas e Energia que tentaram entrar no Brasil com as joias sem declaração à Receita Federal possam ter incorrido no delito de descaminho, enquanto a advocacia administrativa será apurada em relação aos funcionários do Palácio do Planalto que mobilizaram a estrutura do governo para tentar liberar as joias.

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A PF já intimou o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, seu ex-assessor Marcos Soeiro e um terceiro integrante da comitiva, o diplomata Christian Vargas. A investigação também incluirá provas documentais, como os ofícios trocados pela administração pública e vídeos do circuito interno do aeroporto de Guarulhos que mostram o episódio.

Os envolvidos negam irregularidades, mas a investigação continua.

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(Artigo escrito com apoio de inteligência artificial)

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