PF apreendeu R$ 3,7 mi em empresa de sócio do BTG
A pilha de reais apresentada nesta terça-feira pela Polícia Federal, somando R$ 3,67 milhões, foi apreendida no escritório da Aster Petróleo, distribuidora de combustíveis do empresário Carlos Santiago, que se associou a uma empresa do grupo BTG, do banqueiro André Esteves, para criar a Derivados do Brasil; esta empresa foi vendida à BR Distribuidora numa transação que, segundo o doleiro Alberto Youssef, envolveu pagamento de propinas; a operação foi a base da Operação Politeia, que, nesta terça-feira, atingiu três senadores e executivos da BR Distribuidora
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247 – A Operação Politeia, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, teve como um dos alvos a Aster Petróleo, do empresário Carlos Santiago. Foi lá que os policiais apreenderam R$ 3,7 milhões em dinheiro vivo (leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo).
Santiago se tornou alvo da Polícia Federal em razão de uma transação envolvendo a BR Distribuidora. Em parceria com a BTG Alpha Participações, empresa dos sócios do BTG, do banqueiro André Esteves, ele criou a empresa DVBR (Derivados do Brasil), uma distribuidora de combustíveis que foi vendida à empresa estatal.
Segundo a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, esta operação de venda da DVBR à BR Distribuidora envolveu o pagamento de propinas e a denúncia foi tema de reportagem da revista Época (confira aqui). De acordo com a denúncia a BR pagou R$ 122 milhões à DVBR, dos quais R$ 6 milhões teriam sido usados para o pagamento de propinas.
À época, o BTG Pactual foi procurado pela revista Época e se posicionou:
“O Banco BTG Pactual esclarece que o investimento na Derivados do Brasil foi feito pela BTG Alpha Participações, uma companhia de investimento dos sócios da BTG, e não pelo Banco BTG Pactual. O investimento na Derivados do Brasil foi feito em 2009 e foi mantido apartado do Banco BTG Pactual desde então. O investimento, que nunca foi relevante nos negócios da companhia de sócios, foi malsucedido e apresentou perda de 100% do capital investido. Nunca houve qualquer distribuição de dividendos ou qualquer forma de retorno de capital. Ao longo do tempo, por diferenças de visões estratégicas e empresariais, a sociedade foi desfeita e o processo de cisão vem sendo conduzido há mais de dois anos. Nunca houve nenhum outro investimento da companhia de sócios no setor de distribuição e comercialização de combustíveis”.
Nesta terça-feira, Carlos Santiagoteve três endereços vasculhados pela PF. Além dele, executivos da BR Distribuidora também foram alvo de ações de busca e apreensão. Dentro da operação Politéia, a Polícia Federal também fez buscas nesta terça-feira em endereços dos ex-diretores da BR Distribuidora Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio de Janeiro.
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