Petroleiros reforçam luta contra privatizações e podem aprovar indicativo de greve
Categoria contrária à privatização em curso da Petrobrás e à permanência de gerentes na empresa alinhados ao governo anterior, contrariando o projeto eleito nas urnas
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247 - Na manhã desta sexta-feira, 24, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos realizaram paralisação nacional, com atraso na entrada do expediente e assembleias para aprovar o estado de greve. O ato é uma resposta da categoria contrária à privatização em curso da Petrobrás e à permanência de gerentes na empresa alinhados ao governo anterior, contrariando o projeto eleito nas urnas.
Segundo a FUP, o indicativo de greve foi aprovado na maioria das capitais do país.
Um dos motivos elencados pela categoria para a greve é a decisão da diretoria executiva da Petrobrás, publicada em 17 de março, que prevê prosseguir com os processos que já tiveram os contratos de venda assinados, ignorando ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) que pede sua suspensão à Petrobrás, por 90 dias, para análise e reavaliação. Segundo a federação, a diretoria jogou a decisão da negociação para o Conselho de Administração (CA) da empresa, que ainda não se manifestou.
A FUP esteve nesta quinta-feira (23) em Brasília conversando com Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e solicitou que o governo federal volte a cobrar, via MME, os conselheiros que representam a União no CA, para que eles votem pela suspensão das privatizações.
Mesmo que eles tenham sido indicados por Bolsonaro, devem seguir a orientação do
Governo Federal, que é quem eles representam no Conselho. A Federação defende, desde o final de 2022, a revisão do acordo de venda de ativos firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobrás, em junho de 2019. “O acordo com o Cade é prejudicial e contrário à política de refino do programa do setor de óleo e gás do governo Lula, que sinaliza a necessidade de ocupar mais o mercado brasileiro, o sexto maior mercado consumidor do mundo”, enfatiza Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
O sindicalista lembra, ainda, que o setor energético é estratégico para o país, pois afeta diretamente as condições de vida da população e é de fundamental importância para a economia nacional. “O petróleo e gás, além da importância na geração de energia, têm outro aspecto essencial que é gerar uma renda extraordinária, a qual poderia ser utilizada pelo Estado brasileiro para investir em educação, ciência e tecnologia”, completa Bacelar.
As assembleias prosseguem até o dia 7 de abril para que os profissionais que trabalham em turnos de revezamento, em prédios administrativos ou embarcados e em regimes especiais possam votar.
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