Petroleiros param em 17 plataformas da Petrobras

Paralisação de 24 horas comandada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) atinge plataformas nas bacias de Campos e Santos; até o momento não há registros de prejuízo à produção de petróleo e gás, segundo a companhia e sindicatos; sindicatos protestam contra os planos da Petrobras de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o fim de 2016 e defendem uma Petrobras 100% estatal; a FUP também se opõe ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que busca retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal

Paralisação de 24 horas comandada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) atinge plataformas nas bacias de Campos e Santos; até o momento não há registros de prejuízo à produção de petróleo e gás, segundo a companhia e sindicatos; sindicatos protestam contra os planos da Petrobras de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o fim de 2016 e defendem uma Petrobras 100% estatal; a FUP também se opõe ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que busca retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal
Paralisação de 24 horas comandada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) atinge plataformas nas bacias de Campos e Santos; até o momento não há registros de prejuízo à produção de petróleo e gás, segundo a companhia e sindicatos; sindicatos protestam contra os planos da Petrobras de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o fim de 2016 e defendem uma Petrobras 100% estatal; a FUP também se opõe ao projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que busca retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal (Foto: Aquiles Lins)


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RIO DE JANEIRO (Reuters) - Funcionários de pelo menos 17 plataformas da Petrobras nas bacias de Campos e Santos aderiram à greve de 24 horas desta sexta-feira, 24, realizada por empregados contra o plano de venda de ativos da petroleira, mas não houve até o momento registros de prejuízo à produção de petróleo e gás, segundo a companhia e sindicatos.

O movimento acontece no mesmo dia em que ocorre uma reunião do Conselho de Administração na sede da Petrobras, que prevê discutir questões relacionadas a desinvestimentos da petroleira. O encontro teve inicio na manhã desta sexta e dentre os temas está a reestruturação da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da empresa que pode ser vendida.

As 15 plataformas da Bacia de Campos que aderiram à greve estão produzindo sob a gerência de equipes de contingência enviadas pela Petrobras, para que a produção não fosse impactada, informou o diretor de comunicação do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Marcos Brêda.

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Brêda ressaltou que apenas as 15 plataformas das 25 que haviam aprovado a paralisação em assembleias enviaram documentos comprovando que estão em greve. Então, há a expectativa de que o número de adesões suba ao longo do dia.

Já na Bacia de Santos funcionários das plataformas Mexilhão e Merluza estão trabalhando em "operação tartaruga", segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do litoral Paulista (Sindipetro-LP), Adaedson Costa.

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As duas bacias representam juntas mais de 90 por cento da produção de petróleo do país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A greve é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 12 sindicatos de funcionários da Petrobras, e pela Federação Única dos Petroleiros (FNP), que representa outros cinco sindicatos.

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Caso as demandas por trás da greve de 24 horas desta sexta não sejam atendidas, os sindicalistas estão estudando a realização de uma greve por tempo indeterminado em setembro.

O movimento desta sexta envolve trabalhadores de refinarias, plataformas de petróleo, terminais de processamento de gás natural e outros trabalhadores da Petrobras de todo o país, e teve início à meia-noite de quinta-feira.

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Em nota, a petroleira estatal informou que, em algumas unidades, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno.

"As atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores", afirmou a Petrobras.

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"A Petrobras tomou todas as medidas para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado."

Os sindicatos protestam contra os planos da petroleira de vender 15,1 bilhões de dólares em ativos até o fim de 2016 e defendem uma Petrobras 100 por cento estatal.

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A Petrobras planeja reduzir sua dívida --que está em cerca de 120 bilhões de dólares-- assim como gerar caixa para investimentos e retomar a confiança dos investidores após o escândalo de corrupção envolvendo a estatal investigado pela operação Lava Jato.

A FUP também se opõe ao projeto de lei no Senado que busca retirar da Petrobras a condição de operadora única do pré-sal. O projeto, do senador José Serra (PSDB-SP), também impede que a estatal detenha o mínimo de 30 por cento de cada campo, como está previsto na atual Lei de Partilha.

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