Perito vê 'encenação' no caso Cunha

Para Ricardo Molina, a gravação divulgada nesta terça-feira pelo deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, é “fraudulenta” e retrata uma “encenação”; "Muito provavelmente os dois interlocutores estão seguindo um script previamente elaborado, não necessariamente lido durante a interação, mas visivelmente planejado", disse

Para Ricardo Molina, a gravação divulgada nesta terça-feira pelo deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, é “fraudulenta” e retrata uma “encenação”; "Muito provavelmente os dois interlocutores estão seguindo um script previamente elaborado, não necessariamente lido durante a interação, mas visivelmente planejado", disse
Para Ricardo Molina, a gravação divulgada nesta terça-feira pelo deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, é “fraudulenta” e retrata uma “encenação”; "Muito provavelmente os dois interlocutores estão seguindo um script previamente elaborado, não necessariamente lido durante a interação, mas visivelmente planejado", disse (Foto: Roberta Namour)


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247 – Para o perito Ricardo Molina, a gravação divulgada nesta terça-feira pelo deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, é “fraudulenta” e retrata uma “encenação”.

Na conversa entre duas pessoas, um homem que se apresenta como policial diz que foi sondado pelo delegado-chefe e afirma: "o negócio está ficando feio“. O suposto policial ameaça, então, que se for abandonado, abrirá o jogo. "Está todo mundo enchendo as burras de dinheiro e eu estou abandonado e duro, sem grana", reclama. Em outro trecho, ele afirma que, enquanto "o Cunha" está buscando a presidência da Câmara, "os amigos estão ficando esquecidos”.

“Em conversações, sejam telefônicas ou diretas, há uma série de traços, já bastante estudados no âmbito da Linguística, que permitem verificar se se trata de uma interação espontânea ou não. No caso em tela podemos afirmar, com bastante segurança, que não se trata de uma conversação espontânea, e por vários motivos: cada interlocutor permite que o outro fale sem haver sobreposições; inexistem hesitações, típicas da fala espontânea; inexistem marcadores conversacionais, “entendeu?”, “viu?”, “né?” etc.; a entonação não é típica de fala espontânea. Muito provavelmente os dois interlocutores estão seguindo um script previamente elaborado, não necessariamente lido durante a interação, mas visivelmente planejado”, disse Molina.

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Leia aqui reportagem de Leticia Fernandes sobre o assunto.

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