Perícia: no JN, Graça disse a verdade sobre denúncias
Análise da entrevista da presidente da Petrobras ao Jornal Nacional na última segunda-feira 22 conclui que ela fez um "esforço massivo" para responder às perguntas e "foi verdadeira na maior parte de suas respostas, ou seja, ela não tomou conhecimento de denúncias feitas por Venina" Velosa da Fonseca na estatal; Graça Foster também é verdadeira, segundo análise de voz, em relação ao episódio em que a ex-gerente teria pedido para voltar para Cingapura com um salário maior, ao contrário do que contou; análise da entrevista da ex-funcionária ao Fantástico aponta o contrário: que ela não foi verdadeira na maior parte das respostas
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247 – Uma análise de voz realizada a partir do áudio da entrevista concedida pela presidente da Petrobras, Graça Foster, ao Jornal Nacional na última segunda-feira 22 aponta que a dirigente "foi verdadeira na maior parte de suas respostas", ou seja, não mentiu quando disse que não foi informada das irregularidades ocorridas na empresa apontadas pela ex-gerente Venina Velosa da Fonseca. O documento foi divulgado pelo portal Diário do Centro do Mundo (veja a íntegra aqui).
Um dia antes, em entrevista ao Fantástico, Venina disse que chegou a dizer, por mais de uma vez, à então gerente Graça Foster sobre irregularidades em processos de contratação na companhia, como contratos supervalorizados e não comprovação da prestação de serviços. A mesma análise também foi feita a partir da entrevista de Venina e concluiu que ela não foi verdadeira em diversos pontos de sua fala (leia mais).
Os laudos foram produzidos pela empresa Truster Brasil e assinados pelo perito em veracidade Mauro J. Nadvorny. Eis sua conclusão sobre a fala de Graça Foster: "Com relação ao assunto das denúncias ela foi verdadeira na maior parte de suas respostas, ou seja, ela não tomou conhecimento de denúncias feitas por Venina, seja através de e-mail, seja pessoalmente informado a ela, ou ainda em alguma reunião da diretoria".
O especialista também constata, a partir das emoções transmitidas na voz da presidente da Petrobras, que ela disse a verdade quando relatou o episódio de Cingapura. Segundo ela, Venina foi para lá duas vezes, a primeira para fazer um curso, porque havia se desentendido com seu superior direto, Paulo Roberto Costa, e a segunda porque pediu, pois seria promovida e teria um salário maior.
De acordo com Venina, a transferência para Cingapura foi uma forma de a Petrobras mantê-la afastada dos negócios da empresa, depois de ter feito denúncias de irregularidades. O perito afirma ainda que Graça fez um "esforço mental massivo" para responder a todas as perguntas no JN, "talvez devido ao processo como um todo e a questão específica de estar sendo acusada de ter conhecimento das denúncias e nada ter feito para impedi-las".
Confira aqui o laudo sobre a entrevista concedida por Venina ao Fantástico, ao qual o Brasil 247 teve acesso.
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